O relatório de actividades e a conta de gerência da câmara do Entroncamento, relativos a 2002, foram aprovados pelo executivo municipal e pela Assembleia Municipal, com os votos a favor do PSD e a abstenção dos partidos da oposição. Em termos de orçamento para o ano passado a autarquia esperava ter uma receita de 19.923.090,00 euros, dos quais 6.605.855,00 euros eram de receitas correntes e 13.317.235,00 euros de receitas de capital. No entanto a câmara apenas recebeu na realidade um total de 13.112.723,52 euros, o que representa um desvio em relação às previsões de menos 34,18 por cento. Nas despesas, 11.991.997,64 euros foi o valor gasto pela autarquia. Esta gastou 7.540.582,92 euros em despesas correntes, ou seja com bens e serviços, quando previa nesta rubrica um investimento de 8.810.700, 00 euros. No que respeita a despesas de capital, ou seja em investimentos em obras, foram gastos 4.451.414,72 euros, contra os 11.112.390,00 euros previstos, representando um desvio de 59,94 por cento.As previsões apontavam a possibilidade da autarquia receber 3.237.035,07 euros de comparticipações dos fundos comunitários. No entanto ao longo do ano de 2002 a câmara não conseguiu lançar as obras que pretendia executar, pelo que não obteve o respectivo financiamento. Destaque-se por exemplo a requalificação do centro urbano do Entroncamento, para a qual estava previsto um apoio de 390.000,00 euros. Sobre o endividamento, a autarquia até 31 de Dezembro de 2002, devia um total de 7.371.018,63 euros. Deste bolo, 6.010.510,60 dizem respeito a empréstimos a médio e longo prazos e 969.530,41 referem-se a dividas a fornecedores. Recorde-se que em Janeiro do mesmo ano, as dívidas relativas a empréstimos eram de 2.471.902,73 euros. Nessa altura as dividas a fornecedores eram de 3.524.992,82 euros, pelo que houve uma diminuição substancial destas últimas.