Bispos criticam egoísmo e corrupção
Os bispos portugueses reunidos em Fátima criticaram o egoísmo, a corrupção, a fuga aos impostos e o consumismo da sociedade portuguesa, apelando ao regresso dos valores éticos à cidadania.Defendendo um maior respeito dos valores éticos e da integridade física e moral dos cidadãos e do Estado, os prelados lamentaram a existência de vários “pecados sociais” que colocam em causa a harmonia das instituições e do país.Reunidos esta semana, no decurso da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), os bispos aprovaram, na generalidade, a proposta de uma carta pastoral sobre questões de ética social, onde são apontados problemas da sociedade portuguesa e medidas para contrariar a descaracterização dos valores morais.Corrupção, desarmonia do sistema fiscal, irresponsabilidade na estrada ou exclusão social são alguns dos pecados sociais denunciados pela hierarquia católica, que reclama uma maior acção dos crentes para combater a crise de valores, através da aplicação dos valores da doutrina social da Igreja.Defendendo a defesa da dignidade da pessoa humana, a solidariedade e a subsidiaridade, o porta-voz da CEP, D.Tomaz Nunes, propõe acções concretas dos católicos, seguindo os princípios que presidem ao trabalho social da Igreja.Nesse sentido, o reforço da participação na vida pública, a valorização do trabalho digno, a regulação do mercado perante as necessidades sociais, a defesa do ambiente, da saúde e da educação são algumas das prioridades assumidas.Os bispos reclamaram ainda aos media que se “coloquem ao serviço do bem comum”, aos contribuintes que paguem os seus impostos e aos condutores que tenham maior responsabilidade na estrada de modo a contrariar o “elevadíssimo número de acidentes”.Segundo D. Tomaz Nunes, o documento aponta para linhas de acções prioritária para os cristãos de modo a contrariar a actual situação.“Se por um lado reconhecemos que há pecados sociais, também reconhecemos que há sinais de uma participação solidária na sociedade portuguesa”, como é o caso do “discernimento social crítico” dos cidadãos que conduziu à “denúncia de muitas situações de injustiça”, afirmou o porta- voz da CEP.Lusa
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