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Para motivar os agricultores a fazer a vindima mais cedo a Adega de Almeirim paga as uvas ao quilo

Vinhos leves para responder ao mercado

Adega Cooperativa de Almeirim segue tendências e aposta em novos produtos

A Adega Cooperativa de Almeirim está apostada na produção de vinhos leves, com menos grau alcoólico, tendo motivado os seus associados a iniciarem a vindima mais cedo. A intenção é acompanhar as tendências dos consumidores e garantir novos nichos de mercado, tendo já contratado com uma empresa o escoamento de parte da produção desta campanha no que se refere aos vinhos leves.

A Adega Cooperativa de Almeirim (ACA) está a apostar na entrada em novos mercados do vinho. Este ano grande parte da produção vai ser de vinhos leves, que estão a ter uma grande procura a nível nacional. Para conseguir corresponder a alguns contratos de escoamento do produto, a adega começou pela primeira vez a vindima mais cedo que o habitual, de modo a obter uvas com baixa graduação alcoólica.Segundo o presidente da Adega Cooperativa de Almeirim, Florival Alves, neste momento há uma tendência para baixar a produção dos chamados vinhos padrão. Ou seja os vinhos característicos desta região que têm um teor alcoólico entre 12 e os 13 graus. Para se conseguir fazer os chamados vinhos leves, com um máximo de 10 graus, foi necessário evitar a maturação das uvas. “Começámos a fazer a colheita com uvas a partir de 9 graus, na sequência de um acompanhamento das vinhas dos nossos produtores”, explicou. “Estamos a aceitar uvas há 15 dias, quando em muitas zonas ainda nem sequer se iniciou a vindima. Esta antecipação tem como objectivo obter a quantidade necessária de uvas de baixo grau, que seria mais alto se começássemos mais tarde”, acrescentou. Para motivar os agricultores a fazerem a colheita mais cedo, a adega cooperativa optou este ano por pagar as uvas ao quilo e não consoante o grau, como acontecia anteriormente. Para os produtores esta situação é benéfica porque não ficam prejudicados por o seu vinho ter maior ou menor teor alcoólico. Por outro lado, são também beneficiados na parte comercial, já que a adega consegue escoar mais rapidamente a produção. Neste momento, a adega já recebeu mais de oito milhões de quilos de uva. Em média, por dia, tem entrado cerca de um milhão de quilos nas instalações da adega situada na zona industrial de Almeirim. Para o presidente da ACA, a previsão para o total de uvas a entrar até ao final da campanha é de 30 milhões de quilos. Sem querer especificar nomes, Florival Alves garantiu que a adega já contratou com uma empresa o escoamento de parte da produção deste ano de vinhos leves. E acrescenta que decorrem negociações para a celebração de mais contratos comerciais. “Já temos garantida a venda de 3 milhões de litros de vinho leve dirigidos ao mercado nacional”. Para o presidente da adega, esta estratégia visa acompanhar as tendências dos consumidores e garantir novos nichos de mercado. Nesse sentido, informou, foram recentemente investidos um milhão e quinhentos mil euros (300 mil contos) na modernização da adega. Estes investimentos visam o aumento da capacidade de laboração, tornar mais rápida a produção e paralelamente, através de novas tecnologias, tirar o máximo rendimento das uvas e da sua qualidade.
Para motivar os agricultores a fazer a vindima mais cedo a Adega de Almeirim paga as uvas ao quilo

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