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Homens são piores que mulheres ao telemóvel

A maioria dos condutores portugueses, e sobretudo os homens, fala ao telemóvel enquanto conduz, apesar de reconhecer que isso aumenta os riscos de acidente e achar que as multas são justas, revela um estudo.“Telemóvel - Uma ameaça na estrada” é o nome de um estudo a que a Agência Lusa teve acesso, realizado por finalistas do Departamento de Saúde Pública da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa e coordenado pelos professores Carlota Louro e Mário Cordeiro.O inquérito, realizado a 693 indivíduos na área de Lisboa, revelou que, por falarem ao telemóvel, vários condutores cometeram infracções de trânsito, sofreram acidentes e foram sujeitos a multas, como os próprios reconheceram.Apesar destas experiências, a esmagadora maioria dos entrevistados continua a não prescindir do telemóvel enquanto conduz, seja para “contactar a família”, “falar aos amigos” ou para “telefonemas profissionais”.Segundo o estudo, 75 por cento dos inquiridos não se sente seguro quando viaja ao lado de um condutor que fala ao telefone e 90 por cento acha mesmo que o uso deste aparelho durante a condução aumenta o risco de acidentes.Mais de metade dos participantes no estudo concorda com a lei em vigor, que pune com multa este comportamento, mas não deixa de conversar ao telemóvel enquanto conduz.Apesar da fama de conversadoras das mulheres, são os homens quem mais falam ao telemóvel durante a condução: por razões profissionais, alegam, enquanto elas utilizam mais o aparelho para falar com a família.A maioria dos condutores continua a preferir falar para o telemóvel, seguida pelos que optam pelo auricular. O sistema de alta voz - o mais seguro - é o menos utilizado.Os autores do estudo alertam para as principais consequências do uso do telemóvel durante a condução: diminuição da capacidade de vigilância do condutor, maior dispersão da atenção, aumento do tempo de reacção em cerca de metade, dificuldade de descodificação dos sinais e da sua memorização, não manutenção da distância de segurança e redução do campo visual.A utilização do telemóvel, acrescentam os autores do estudo, “quadruplica o risco de acidente e este risco aumenta para seis vezes durante os cinco primeiros minutos de conversação”.“Os utilizadores mais assíduos do telemóvel têm uma taxa de mortalidade rodoviária dupla dos utilizadores ocasionais, havendo evidências da manutenção deste risco alguns minutos após o final da chamada”, indica também o estudo.Em Portugal existem, pelo menos, 10 milhões de telemóveis. Em cada 10 portugueses, oito são clientes de uma das três operadoras nacionais (TMN, Vodafone e Optimus), uma média superior à da União Europeia.Embora não existam números certos, estima-se que a maioria dos portugueses é proprietário de mais do que um telemóvel, activo ou guardado.Lusa

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