O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) está contra a proposta da Brisa em aumentar as portagens das auto-estradas em 3,3 por cento, a partir de Janeiro de 2004.Em comunicado divulgado sexta-feira, o MUSP considera que a proposta de aumento das portagens é uma forma de a Brisa angariar dinheiro para financiar as obras de construção e conservação de auto-estradas, que segundo o Jornal de Notícias, a concessionária pretende realizar até 2006.De acordo com o MUSP, a realidade portuguesa não permite este tipo de aumentos, uma vez que “a relação dos salários com o valor pago por quilómetro percorrido nas auto-estradas de Portugal é a mais elevada a nível europeu” e que os salários estão cada vez mais baixos e os impostas mais altos.O MUSP admite enviar uma nota ao primeiro-ministro para que não aprove a pretensão da Brisa e apelar à mobilização dos utentes das auto-estradas para que se manifestem contra o aumento das portagens.O aumento de 3,3 por cento proposto pela Brisa representa, por exemplo, mais 67 cêntimos no valor da portagem Lisboa-Porto, que passaria dos actuais 16,55 euros para 17,22 euros.