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O Euro 2004 em ecrã gigante

O Euro 2004 em ecrã gigante

Associação Comercial de Tomar quer dar futebol à população

A cidade de Tomar não quer passar ao lado do Europeu de Futebol. Por isso, a associação empresarial do concelho propôs aos comerciantes a instalação de um ecrã gigante para transmissão dos jogos.

Transmitir não um, dois ou três mas sim os 31 jogos de futebol do Euro 2004 é o objectivo a que se propõe a Associação Comercial e Industrial de Tomar, Ferreira do Zêzere e Vila Nova da Barquinha (ACITOFEBA), através da colocação de um ecrã gigante (44 metros quadrados) na Praça da República. A iniciativa, denominada Tomar – Cidade Estádio foi apresentada à imprensa na sexta-feira, dia 5.O projecto é ambicioso e a sua concretização está financeiramente dependente de comerciantes, industriais e outras entidades do concelho. Afinal o aluguer do ecrã, por 22 dias, irá custar qualquer coisa como 130 mil euros (26 mil contos) e, em tempo de vacas magras, todos os tostões contam.Talvez por isso apenas uma dezena de empresários, das 30 empresas directamente contactadas, tenha aceite o convite da ACITOFEBA para a reunião realizada na última sexta-feira. Poucos mas bons. Os que marcaram presença aderiram totalmente ao conceito, ressalvando no entanto que, quanto mais forem, menos pagará cada um.E o conceito é simples. A associação propõe que o ecrã gigante estacionado na Praça da República, em pleno centro histórico de Tomar, transmita todos os jogos do europeu de futebol em directo e, no caso das partidas disputadas durante o horário de expediente (com início às 17 horas), haja possibilidade da sua repetição após o segundo jogo (com início às 19h45).A estratégia da ACITOFEBA é, como referiu José Luís Fachada, não excluir qualquer tipo de apoio, já que se quer que este evento seja de todo o concelho de Tomar. “Desde que os empresários se revejam nos objectivos estratégicos que defendemos com esta iniciativa, podem contribuir com a verba que entenderem”.Perante a escassa plateia de representantes do tecido empresarial do concelho, José Luís Fachada apelou ao espírito de união dos empresários e de toda a população do concelho em torno desta iniciativa, “porque é em momentos de crise e de conjuntura económica difícil que há que lutar e unir-se”, mostrando eventos com algum impacto regional.O apelo à união entre os comerciantes foi referido por diversas vezes durante a apresentação do projecto. Até porque serão os comerciantes que mais irão lucrar com a iniciativa, que trará mais visitantes ao concelho e particularmente à cidade.“Apesar de sabermos que todo o apoio governamental será centralizado nas cidades anfitriãs, não podemos deixar que o europeu de futebol nos passe ao lado”, referiu José Luís Fachada, adiantando que se não se concentrarem esforços os empresários do concelho não irão beneficiar do Euro 2004.Caso se avance com a instalação do ecrã gigante, a ACITOFEBA prevê uma assistência média diária de 1500 pessoas, um número que alguns empresários presentes acharam pouco ambicioso. Um ecrã para o futuroA Câmara de Tomar garantiu na reunião estar disponível para financiar a iniciativa, pagando 20 por cento do custo do investimento. Mas o presidente do município foi ainda mais longe, desafiando os empresários a fazer daquele projecto um investimento para o futuro. “Porque é que em vez do aluguer não se compra o equipamento?”.António Paiva considerou que pagar 130 mil euros por 22 dias de utilização “é excessivo” e disse preferir que os empresários olhassem para o projecto como uma mais valia futura.Instalar definitivamente um destes ecrãs em Tomar, onde a câmara pudesse diariamente anunciar iniciativas e dar informações aos visitantes e os empresários publicitassem a suas actividades foi a contraproposta apresentada pela autarquia.“É evidente que estamos a falar de números completamente diferentes”, referiu António Paiva, acrescentando que a compra de um equipamento daquela natureza ronda um milhão de euros. O presidente do município salientou ainda que os empresários do concelho têm cada vez mais de pensar numa lógica nacional e não local e ir mais longe com o conceito do comércio tradicional.Seja o ecrã alugado ou comprado, a sua instalação está dependente do financiamento dos empresários. A 15 de Janeiro, data limite para garantir os 130 mil euros, ficar-se-á a saber se os empresários de Tomar vão marcar pontos ou ver a bola fugir para outros concelhos.Margarida Cabeleira
O Euro 2004 em ecrã gigante

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