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Será possível?

Será possível que este governo tenha o descaramento de criar mais impostos para as classes mais desfavorecidas que tantas vezes diz defender?Será que o interior está em condições de suportar mais impostos pondo em causa a sua débil capacidade de crescimento? Será que o 1P6 ou A23, como lhe queiram chamar, tem mesmo que ser taxado como a A5 dos senhores que vivem na Costa do Estoril? Mas porque é que querem castigar os que estão no interior a trabalhar e a produzir para o País, quando na cintura de Lisboa ainda há muita coisa de borla? Então a A1 não é gratuita de Alverca para Lisboa? Então a A8 não tem um troço gratuito na zona do Bombarral? Mas será que estes não têm estradas alternativas e será que a Beira Interior tem? Onde?É certo que os antecessores destes senhores saíram-se bem quando colocaram portagens na CREL e entupiram a 2ª Circular. Mas devem pensar bem porque a sorte, por vezes, também pode faltar aos audazes neste tipo de ensaios. O povo, apesar de estar habituado a ser explorado todos os dias, ainda tem memória e em 2005 há várias oportunidades para se acertarem algumas contas.Quero acreditar que os autarcas, sejam de que partido forem, e outros sectores da vida portuguesa, desta vez saberão levantar bem alto as suas vozes de modo a que sejam ouvidos em todos os locais de governação, por mais descentralizados que eles sejam.No que respeita aos novos impostos aos doentes que o governo quer impor, disfarçando a manobra com o nome de taxas moderadoras, isso seria correcto se houvesse justiça fiscal que todos sabemos não existir. Quem paga os impostos são os trabalhadores por conta de outros. Esses outros, no sentido abstracto que a palavra permite e reflecte, e muitos outros de que os jornais falam mas que a justiça tem dificuldade em encontrar, esquecem-se muitas vezes das suas obrigações pessoais ou colectivas e assobiando para o lado vão-se distraindo e procurando distrair quem deveria estar atento. Esta é a realidade nua e crua e por muito que custe a quem beneficia da situação tem que ser dita e assumida por este governo de curta duração.O País não está de tanga mas talvez de fio dental ou coisa parecida. Mas estando isto mau como está, porque é que hão-de ser sempre os mesmos a pagar a factura quando os outros continuam a viver e a gastar, o deles e o nosso, à tripa forra?Não é só o aborto que é condenável. Medidas como estas que configuram outro tipo de abortos, não podem ser despenalizadas levianamente.Carlos Pinheiro – Torres Novas

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