O Santarém Basket, o clube da região com maior palmarés ao nível do basquetebol nacional, tendo ganho por duas vezes a Liga Feminina, conta desde o dia 20 de Junho com novos corpos sociais. José Daniel Oliveira é o novo presidente da direcção, órgão de que também fazem parte Mário Vaz e José Fernando Pinto.Uma direcção que sucede ao elenco liderado por Marília Trigo e que é constituída, tal como os restantes órgãos, à base de pais dos atletas. Terá como principais missões reorganizar a formação do clube e limpar a má imagem deixada pelo Núcleo de Basket de Alta Competição de Santarém (NBAC), que nas últimas duas épocas competiu na liga profissional masculina.Embora em termos formais o NBAC e o Santarém Basket fossem clubes distintos, as estruturas confundiam-se e o próprio logótipo das duas equipas era exactamente o mesmo. “Foi permitido utilizar o logótipo e daí surgiu toda a confusão que há neste momento em que muita gente pensa que o núcleo está ligado ao Santarém Basket e essa imagem prejudicou o Santarém Basket”, queixa-se José Daniel Oliveira.Os novos responsáveis do Santarém Basket não equacionam sequer preparar uma equipa para disputar a liga profissional, embora seja quase certa que o clube irá ter uma equipa sénior masculina que, à partida, irá disputar o campeonato nacional da segunda divisão.Tendo na sua esmagadora maioria relações familiares com os atletas do clube, é obvio que a maior preocupação dos órgãos sociais será apoiar os escalões de formação. A estrutura deste sector vai sofrer algumas alterações com vista a melhorar algumas arestas, nomeadamente na formação dos técnicos, mas a base será a que trabalhou na época que agora termina. Garantida é a manutenção de todas as equipas da época passada.A par das equipas e do trabalho ao nível da formação, a grande projecção do clube continuará a ser a equipa sénior feminina. O plantel terá maioritariamente atletas oriundas da formação mas ainda falta definir alguns pormenores para saber se será uma equipa para lutar pelo título ou pelo meio da tabela. Tudo depende dos apoios e da possibilidade de contratar, ou não, uma ou duas estrangeiras de qualidade.Os dirigentes esperam que este ano não se repitam problemas como os que se têm verificado nos últimos anos com o excesso de utilização do pavilhão municipal e da nave anexa. Nesse contexto sugerem que a autarquia estabeleça contactos com as escolas, de forma a que os pavilhões escolares possam ser utilizados pelos clubes no horário pós-escolar. “Em Santarém não estamos a tirar o devido proveito da existência desses pavilhões”, considera José Fernando Pinto.Além dos elementos já referidos e que constituem a direcção, os novos órgãos sociais englobam ainda os nomes de Fernando Alves (presidente), Luís Gonçalves e José Braz, eleitos para a Assembleia Geral; e de José Rosendo (presidente), João Tavares e José Santos, que constituem o Conselho Fiscal.