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Preparar os alunos para o mercado de trabalho

Preparar os alunos para o mercado de trabalho

Escola Técnica e Profissional do Ribatejo aposta em cursos com saída
Preparar os alunos para o ingresso na vida activa, através de um sistema que privilegia a vertente prática do ensino. É este o principal objectivo da Escola Técnica e Profissional do Ribatejo (ETPR), que no último ano lectivo (2004/ 2005), fixou 86 por cento dos alunos finalistas no mercado de trabalho. Um balanço positivo para uma escola que abriu as portas há menos de quatro anos na localidade de Tremês (Santarém), e que conta com um universo de 308 alunos, distribuídos por cinco áreas de formação.O segredo está em promover cursos que respondam às necessidades do mercado de trabalho e às exigências do tecido empresarial da região, como explica um dos membros do concelho de administração da ETPR, Agostinho Ribeiro: “Quando pensamos em abrir um curso, temos sempre em consideração a carência de formação intermédia que existe nessa área. Além disso, todos o anos alteramos a oferta de formação, para não saturar o mercado”.No ano lectivo 2006/ 2007 os alunos que concluam com sucesso o 9º ano de escolaridade e optem por se inscrever na ETPR, poderão escolher entre cinco cursos técnicos: Análises Laboratoriais, Serviços Jurídicos, Auxiliar de Infância, Electrónica e Telecomunicações, e Gestão de Equipamentos Informáticos. Ao contrário do que acontece no ensino secundário unificado, os cursos do ensino profissional contemplam uma estrutura curricular organizada por módulos, que permite ao aluno responder aos objectivos da formação de acordo com o seu ritmo individual de aprendizagem. Por outro lado, o plano de estudo destes cursos, articula as componentes sociocultural, científica e técnica, e oferece aos formandos a possibilidade de estabelecerem um contacto directo com a realidade do mercado de trabalho. Durante o curso, os alunos terão a oportunidade de fazer Formação em Contexto de Trabalho, ou seja, estar em contacto directo com empresas ou instituições da sua área de formação, e no final, serão ainda sujeitos a um estágio. Antes de terminarem os três anos de formação, serão ainda avaliados através de uma Prova de Aptidão Profissional (PAP), um trabalho de final de curso, que consiste na “elaboração de um projecto, com uma forte componente prática, sobre o exercício da profissão”, tendo em conta o curso que os alunos frequentaram.Segundo Agostinho Ribeiro, são as particularidades do ensino profissional, que fazem com que esse sistema garanta o “sucesso escolar e facilite a inserção no mercado de trabalho”. Porque, ao contrário da “ideia errada das pessoas”, as boas notas dos alunos “não têm a ver com o facto dos professores facilitarem, mas sim por o sistema ser fortemente motivante. É menos teórico e mais aliciante”.Para além da vertente pedagógica, Agostinho Ribeiro, realça também as “excelentes condições” do próprio edifício da ETPR, que “está muito bem equipado para responder às necessidades dos cursos que acolhe”. Os alunos podem contar com 10 salas de aula, salas de desenho técnico, e laboratórios de informática, electrónica, física, química tecnológica e biologia. “Sentimos que estamos a dar um contributo forte e sério para o desenvolvimento da região, porque vamos ao encontro das necessidades do tecido económico e social do Ribatejo. Além disso, quando aqui entram, os alunos sabem que há sempre uma luz ao fundo do túnel, porque a maioria tem emprego garantido após o estágio”, diz Agostinho Ribeiro.As pré-inscrições para o próximo ano lectivo estão abertas até ao final do mês de Junho, e a matrícula dos alunos seleccionados deverá acontecer nas primeiras duas semanas do mês seguinte.Carla Paixão
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