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Ramiro apanhado de surpresa

Ramiro apanhado de surpresa

Presidente do PSD de Santarém soube das eleições por O MIRANTE

As eleições para a concelhia de Santarém do PSD foram marcadas para 21 de Julho. O presidente da estrutura não sabia de nada.

A concelhia de Santarém de PSD vai a votos dia 21 de Julho e o presidente dessa estrutura, e recandidato, só soube das eleições por O MIRANTE. Apesar de só se prever uma lista a sufrágio – liderada pelo actual presidente Ramiro Matos – o ambiente não é totalmente pacífico no interior do partido. As relações entre Ramiro Matos e o presidente da assembleia de militantes, António Campos, limitam-se ao institucionalmente obrigatório.Tanto que António Campos marcou as eleições sem avisar previamente Ramiro Matos. Não era obrigado a fazê-lo, já que os dois órgãos são autónomos. Mas a verdade é que Ramiro Matos só soube dia 23 de Junho, através de O MIRANTE, da data das eleições, que posteriormente confirmou através de anúncio publicado no jornal do partido, o Povo Livre.“Preferia ter sabido das eleições por outro meio”, admitiu Ramiro Matos quando confrontado com essa questão. O presidente demissionário da concelhia garante que a única informação que tinha de António Campos era a da realização de um plenário a 21 de Julho, mas para discussão e aprovação de contas - “que era um imperativo legal”.Ramiro Matos, que é também vice-presidente da Câmara de Santarém, achou que se trata de uma data “complicada”, dado que já se está em plena época de férias. E garante que nunca lhe passou pela cabeça que as eleições fossem também marcadas para essa altura.António Campos justifica a opção dizendo que os dois anos de mandato se cumprem agora, mas Ramiro Matos contesta. Recorda que pediu a demissão num plenário realizado em Fevereiro por uma questão de estratégia política. E que, mesmo que esse facto não fosse tido em conta (como não foi), o seu mandato concluía-se a meio de Junho - “pelo que as eleições já deviam ter sido marcadas há um mês”.À margem dessas polémicas, é já certa a recandidatura de Ramiro Matos e o afastamento dos cargos dirigentes de António Campos. Que foi peremptório em declarações ao nosso jornal: “Não tenho intenções de integrar nem de apoiar qualquer lista”.O MIRANTE sabe que alguns militantes descontentes com a liderança de Ramiro Matos chegaram a ponderar, logo após a sua demissão, apresentar uma lista concorrente. Mas terá faltado quem desse a cara pelo projecto e assumisse uma frente de batalha interna. Para mais numa altura em que o partido governa o concelho. Ramiro Matos, que já tinha assumido a sua recandidatura quando se demitiu do cargo, diz que a nova conjuntura política resultante da chegada do PSD ao poder em Santarém, obriga a uma estratégia de “consolidar o partido e fazer a viragem para novos desafios”. Daí ter-se demitido em Fevereiro para forçar eleições antecipadas.A equipa que o acompanha vai ter algumas caras novas e o candidato não está preocupado com o eventual aparecimento de oposição interna. “Nos partidos e na democracia a oposição é sempre bem vinda. Mas o importante é que o PSD tenha consciência dos desafios e tente fazer o melhor por Santarém”.O candidato avança para um terceiro mandato consecutivo, pelo que, caso ganhe, não se pode recandidatar nas eleições seguintes. Os estatutos do partido só permitem um máximo de três mandatos seguidos.João Calhaz
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