Acha que ainda há espírito natalício ou é uma época que já se reduz apenas ao consumismo?Ainda acredito no espírito natalício, mas a afluência desmesurada aos centros comerciais e às lojas nesta época do ano leva-me cada vez mais a pensar que o Natal é uma época de alto consumismo. Parece que o mais importante é dar para receber e não pelo facto de gostarmos das pessoas a quem queremos oferecer um presente.Já tem opinião formada acerca do referendo sobre a despenalização do aborto que vai ter lugar no início deste ano?Sendo um assunto tão polémico, não me espanta a realização de mais um referendo. Embora receie que a despenalização faça disparar as taxas de aborto, acho que cada mulher deve ter o livre arbítrio de decidir o melhor para si.Já alguma vez pediu o Livro de Reclamações?Até agora não, mas como trabalhador do comércio já tive o prazer (ou o incómodo, depende) de o apresentar.Quais são, na sua opinião, as maiores necessidades da Póvoa de Santa Iria?Acho que, em primeiro lugar, é preciso realmente perceber o que não está bem neste momento, para que se possa investir na solução desses mesmos problemas. Como passo pouco tempo na cidade, talvez daqui a seis meses pudesse dar-lhe uma resposta melhor. Mas actualmente questiono-me: quase não temos estradas em condições, mas temos luzes de Natal. Porquê?De que forma ocupa os seus tempos livres?Actualmente o pouco tempo livre que tenho ocupo-o com muita música, algum cinema e leitura, e a convivência com amigos de que tanto precisoA que meios recorre para manter-se informado?Sou um cibernauta assumido. Por isso muita da informação que absorvo provém da internet. Tento, sempre que posso, ver ou ouvir as notícias. Também gosto de ler uma bom jornal e/ou revista. Hoje em dia a informação disponível é tanta, e está em tantos sítios, que é caso para dizer “só não sabe quem não quer”.Quais as suas férias de sonho?Tóquio. Adoro cidades, fascinam-me as metrópoles e tudo o que as envolve. Tenho um enorme fascínio por toda a cultura oriental.Costuma recorrer à Internet para pagar as suas contas?Absolutamente. Considero o homebanking uma das melhores coisas da era digital. Pago todas as minhas contas pela Internet e não tenho razões nenhumas para não confiar nesse sistema uma vez que, até à data, nunca tive qualquer problema.Há algum programa de televisão que nunca perca?Não vejo televisão assim com tanta frequência, mas se tivesse de escolher talvez fosse o telejornal e algumas das séries do canal 2.Que expectativas tem em relação ao ano que agora começa?Espero sinceramente que seja o ano em que damos o pontapé na crise, até porque acredito muito pouco nela. A crise somos nós que a fazemos nas nossas cabeças, prefiro chamar-lhe “neurose”. Gosto de viver o momento como ele acontece, não sou pessoa de criar grandes expectativas. Mas traço objectivos, sim. Uma espécie de “resolução de ano novo”.