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Cutsax pretende acompanhar fadistas ao som do saxofone

Cutsax pretende acompanhar fadistas ao som do saxofone

Quarteto revela projecto inédito a O MIRANTE

Elmano Coelho, de Vila Franca de Xira, e Nuno Martins, de Benavente, fazem parte de um quarteto de saxofonistas que projecta emprestar um colorido diferente ao fado tradicional português. No horizonte, estará a gravação de um CD do género para fins comerciais.

Quando em 2001 Elmano Coelho e Nuno Martins entraram na Escola Superior de Música de Lisboa, estariam longe de imaginar que, passados mais de cinco anos, estariam próximos de dar um destino diferente ao fado. A ideia de acompanhar fadistas ao som do saxofone tem mais dois protagonistas, Ricardo Pires e Rodrigo Lima, que, um ano depois, se juntaram a Elmano Coelho e Nuno Martins para fundar os Cutsax. Por essa altura a pretensão visava apenas alargar a experiência para além da escola com a participação do quarteto em concertos e workshops. Uma forma mostrar as várias vertentes que o saxofone encerrava.Actualmente, os Cutsax pretendem emprestar um colorido extra ao fado, porque, para Elmano Coelho, “é um estilo musical que se identifica com o povo português e que tem sido explorado, maioritariamente, numa vertente tradicional”. Por isso, “pretendemos fazer acompanhar um fadista ao som dos saxofones, em vez da tradicional viola e guitarra portuguesa”. No entanto, há que ter alguns cuidados para dar seguimento ao projecto. “É uma iniciativa que requer uma certa preparação porque é preciso, por um lado, arranjar um quinto elemento (o fadista), e, por outro, estudar as músicas e ver, em termos harmónicos, quais as que se adequam, tanto ao saxofone como ao timbre do fadista”, acrescenta Nuno Martins, de 30 anos. Mas não é só de fado que vive o quarteto. “Temos um outro projecto musical dirigido para as crianças, que conta histórias infantis através do saxofone. A iniciativa visa essencialmente permitir que os mais pequeninos se interessem pela música em geral, e pelo saxofone em particular”, sublinhou Elmano Coelho, de 24 anos. Por estarem ambos habilitados academicamente, o objectivo está ainda dirigido para a vertente da formação, ao promoverem workshops em algumas instituições do país, tais como a Sociedade Filarmónica Alpiarcense e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, entre outras.Nuno Martins fala ainda sobre o espírito musical que envolve o quarteto de saxofonistas do qual faz parte. “Na nossa vertente, tentamos diversificar ao máximo tocando todos os estilos que vão desde o clássico, ao jazz, passando pelo popular ou pelo ligeiro. Fazemos música com o máximo de seriedade, aproveitando os concertos para brincarmos com situações que nos permitam interagir com o público e torná-las ainda mais apelativas”, garantiu.
Cutsax pretende acompanhar fadistas ao som do saxofone

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