A Autoridade da Concorrência considera que o desfasamento entre a evolução dos preços internacionais dos combustíveis e o seguimento no mercado nacional não justifica a lentidão com que os preços caíram no mercado português no terceiro trimestre. Na newsletter sobre acompanhamento do mercado dos combustíveis, divulgada sexta-feira pela Autoridade da Concorrência (AdC), refere-se que os preços internacionais da gasolina e do gasóleo caíram 32 por cento e 13 por cento, respectivamente, no terceiro trimestre deste ano.No entanto, no território nacional, o preço antes de impostos da gasolina sem chumbo 95 caiu aproximadamente 12,2 por cento, enquanto que no caso do gasóleo a descida foi de 1,2 por cento. A AdC afirma que os preços no retalho, em Portugal, estão a responder com um atraso de cerca de 4 semanas aos preços dos mercados internacionais, quando a média na União Europeia é de 2 semanas.Contudo, a entidade presidida por Abel Mateus considera que a diferença no tempo de ajustamento dos preços no retalho no país em relação aos preços dos mercados internacionais no terceiro trimestre deste ano "não é suficiente" para explicar o desfasamento observado nos preços nacionais.