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Moeda única comemorou aniversário com alargamento da “Eurolândia”

Eslovénia tornou-se o décimo terceiro membro do espaço euro
A 1 de Janeiro completaram-se cinco anos desde que a moeda única europeia entrou em circulação nos países da Zona Euro, nomeadamente Portugal, uma efeméride assinalada com o alargamento da “Eurolândia” à Eslovénia. No primeiro dia de 2007, a Eslovénia tornou-se o 13º país da União Europeia (UE) a aderir à Zona Euro - e o primeiro entre os 10 “novos” Estados-membros , que entraram na União em 2004 -, protagonizando o segundo alargamento da “Eurolândia”, depois da Grécia, que aderiu ao espaço monetário único em 2001.A Zona Euro foi criada no início de 1999, com a fundação do Banco Central Europeu (BCE) e a aprovação de paridades fixas da divisa única face às moedas nacionais dos 11 países fundadores, mas as notas e moedas do euro apenas foram colocadas em circulação a 1 de Janeiro de 2002, três anos depois. Segundo um balanço feito pela Comissão Europeia, cinco anos depois de terem entrado em circulação, as notas e moedas de euro ganharam o seu lugar e fazem parte da vida quotidiana dos residentes na zona euro, que, apesar de se mostrarem geralmente satisfeitos com a moeda única, ainda a associam a aumentos dos preços, o que de acordo com Bruxelas demonstra a necessidade de uma melhor comunicação.Para o comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos e Monetários, Joaquín Almunia, “o euro trouxe muitas vantagens” e é preciso “consciencializar as pessoas desses benefícios”, para que tirem partido delas, “em vez de usarem o euro como bode expiatório para outros problemas”. Segundo Almunia, as vantagens mais óbvias da introdução do euro são o ter permitido níveis de inflação e de taxas de juro que, em muitos países, nunca foram tão baixos durante tanto tempo, e o ter eliminado as crises das taxas de câmbio e a especulação do mercado que por vezes envolviam as antigas divisas.O comissário aponta também que, por ser estável e forte, o euro tornou as importações mais baratas (incluindo o petróleo), tornou mais fácil e barato viajar, e aumentou a transparência dos preços, e, consequentemente, a competitividade. Segundo dados do executivo comunitário, o valor total de notas em circulação quase triplicou, de 221 mil milhões de euros em Janeiro de 2002 para 595 mil milhões em Outubro de 2006, tendo o aumento das moedas sido mais moderado, de 13 mil milhões de euros há cinco anos para 17,6 mil milhões.Apoiando-se em dados do BCE, a Comissão indica que as notas de euro, e, numa extensão menor, as moedas de euro, são também bastante usadas no resto do Mundo, estimando-se que 10 a 20 por cento do valor total de notas em circulação sejam usadas fora da Zona Euro. O euro é também a moeda oficial no Mónaco, São Marino e Cidade do Vaticano, recorda a Comissão.Contas na moeda antigaCinco anos depois de o euro ter entrado em circulação, a mentalidade das pessoas em relação à moeda única tem mudado, mas de uma forma gradual. De acordo com recentes inquéritos, 22 por cento dos cidadãos da Zona Euro ainda fazem “contas” apoiando-se na moeda antiga, enquanto 21 por cento recorrem à antiga e nova moeda. Os mesmos inquéritos revelam que uma clara maioria das pessoas (68 por cento) está satisfeita com a moeda única, embora persista a ideia de que a introdução do euro fez “disparar” os preços.A Comissão Europeia atribui esta “percepção distorcida” à “má impressão causada por alguns abusos em certos sectores e certos países” por altura da entrada em circulação da moeda, em 2002. Considera todavia particularmente surpreendente o facto de algumas das vantagens do euro serem desconhecidas para uma larga maioria dos cidadãos e aponta, a título de exemplo, o facto de menos de um quarto das pessoas (23 por cento ) terem consciência de que levantar dinheiro num outro país da União Europeia não tem custos adicionais ou taxas.

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