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Assembleia da Póvoa de Santa Iria aprova orçamento de contenção

Oposição critica excesso de dinheiro para festas e Lei das Finanças Locais
O orçamento para 2007 da Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria, no valor de 1,5 milhões de euros, foi aprovado quinta-feira pela assembleia de freguesia com os votos favoráveis da maioria socialista, o voto contra da CDU e as abstenções do Bloco de Esquerda (BE) e da coligação PSD/CDS-PP. Jorge Ribeiro (PS), presidente da Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria, afirmou que o documento é “apenas uma previsão” e que, não sendo o orçamento que gostaria de ter, “é o orçamento possível para o momento”. Apesar da subida do orçamento face ao ano anterior, o presidente não deixou de frisar que 2007 vai ser um “ano de contenção”. Ainda assim, o orçamento prevê, entre outras medidas, novas zonas verdes para a cidade, o reforço da sinalização vertical e a manutenção dos apoios ao movimento associativo. João Quítalo, eleito da bancada do PS, criticou duramente as verbas concedidas à freguesia da Póvoa de Santa Iria pela administração central. “Há um conjunto de indicadores que situa a Póvoa nas primeiras quarenta freguesias do país mas quando é para receber está em 273º lugar”, afirmou. “A Póvoa é muito prejudicada. O senhor presidente faz quase milagres com o dinheiro que tem, que é muito pouco”, acrescentou o socialista. Para Paulo Rodrigues, da CDU, este é um orçamento que espelha os efeitos da nova Lei das Finanças locais, “uma lei que cortou a direito e que penaliza todo e qualquer município do país, seja qual for a cor política”. O eleito comunista criticou ainda os cortes “na maioria das rubricas que dizem respeito ao bem-estar da população” e apontou ainda como factor negativo o valor previsto no Plano Plurianual de Actividades (PPA) para festas. “Eu vejo aqui festas por tudo quanto é lado. Não posso concordar que se gaste tanto dinheiro em festas quando há tantas coisas que têm que ser feitas”, afirmou.Nuno Caroça, da bancada da coligação PSD/CDS-PP, lamentou que se tenha perdido “mais uma vez, a oportunidade de pensar grande na cidade, de tornar mais aliciante trabalhar e viver na Póvoa de Santa Iria”. “É necessária muita atenção na concretização deste orçamento, isto não passa de uma carta de intenções”, alertou. “Se votássemos contra, estaríamos a inviabilizar o orçamento e isso seria mau para os povoenses”, afirmou Nuno Caroça, justificando assim a abstenção da sua bancada.

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