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Assembleia de Torres Novas aprova orçamento de 57 milhões

Presidente da câmara realça esforço feito no abate da dívida

Apesar de criticado pela oposição o documento acabou por ser aprovado também por alguns presidentes de junta do PSD e da CDU.

“O senhor presidente fez questão de salientar que, pela primeira vez desde o 25 de Abril, o valor do orçamento da Câmara de Torres Novas baixou. Não disse é que em 2006 a execução orçamental se ficou pelos 39 por cento e, por isso, mesmo que este orçamento baixasse 30 por cento, ainda ficava inflacionado em mais 30”, disse na última sessão da Assembleia Municipal de Torres Novas o deputado municipal da CDU Ramiro Silva durante a discussão do orçamento do município para 2007.Os deputados da oposição críticaram o documento, tentando deitar por terra os argumentos apresentados pelo presidente do município. Na apresentação do orçamento, cifrado em 57,3 milhões de euros, António Rodrigues salientou como ponto forte o facto de ele ter sido reduzido em três milhões de euros relativamente ao do ano anterior e salientou que, em termos de poupança,”2007 vai ser o melhor ano de todos”.Contrariando as acusações de despesismo, o presidente argumentou que o orçamento é, ao contrário, um documento de contenção, em termos de investimento. “Vamos concluir os trabalhos em curso e respeitar as empreitadas já adjudicadas. Obras novas só as que estão já protocoladas com a Administração Central”.António Rodrigues acusou a oposição de deturpar os números orçamentados e falou em falta de rigor sobre os valores da dívida da câmara, salientando que 60 por cento do endividamento do município diz respeito a obras feitas no concelho. “Todos quiseram obra feita, agora estão a cobrar-nos por as termos realizado”, disse, acrescentando que, ao contrário do que dizem, a dívida da câmara está a baixar e não a subir. “Só este mês a dívida da câmara já baixou um milhão de euros”, referiu, sem no entanto divulgar o valor total do endividamento autárquico.“Tudo ao molho e fé em Deus”PSD, CDU e Bloco de Esquerda não ficaram no entanto convencidos das “virtudes” do documento, votando contra o orçamento por considerarem que o município continua a não definir prioridades – “é tudo ao molho e fé em Deus”, como disse o deputado comunista António Canais – e de continuar a privilegiar obras pela sua “visibilidade” e não pelas mais valias que possam trazer. “Temos muitas rotundas, algumas bonitas, mas falta saneamento básico nas aldeias, temos um palácio dos desportos mas estradas a precisar de urgente reparação. Temos um centro histórico desprezado e sem gente”, contrapôs o BE.Os presidentes das juntas de freguesia de Chancelaria (PSD) e Pedrógão (CDU) deram o seu voto favorável ao orçamento, na ânsia de que as promessas de investimentos contidas no documento para as suas freguesias venham a ser concretizadas. Um voto de confiança que irritou o colega da freguesia de Assentis. O socialista José Conde acusou a câmara de fazer um orçamento “que favorece as freguesias do PSD e da CDU” adiantando que só iria votar favoravelmente o documento “por não querer ser a ovelha ronhosa” do PS.

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