Com cinco anos de profissão, a veterinária Rita Calouro decidiu tentar a sorte com um consultório à sua medida. Apaixonada por animais desde criança, a medicina veterinária foi sempre o seu objectivo. Com cinco de profissão a escalabitana escolheu Alpiarça, por ser um meio familiar e existir pouca oferta do género, para materializar o seu sonho. E em 2005 nasceu a Clínica Veterinária.Desde que abriu as portas da sua Clínica, os clientes têm vindo a aumentar consideravelmente e hoje tem clientes habituais. Daqueles que levam o seu animal de estimação só para fazer uma visita à doutora, como contou a O MIRANTE.Rita Calouro pode orgulhar-se da variedade de serviços de que dispõe. Cirurgias, análises, banhos, tosquias, internamento, venda de acessórios, comida, serviços ao domicílio e até a disponibilidade 24 horas por dia para urgências, cativam os donos que “cada vez mais se preocupam com os seus animais”. Atende todo o tipo de “utentes”, e sempre que não tiver condições para algum caso, indica quem o possa fazer. O animal que mais entra no seu consultório é o cão. Apesar da sua preferência por gatos, Rita não esquece uma cadela que há tempos lhe apareceu na clínica com um tumor no útero e que conseguiu salvar. Lolita é hoje a mascote da Clínica. Apesar de não ser tão comum, também aparecem animais exóticos, como as iguanas. “As pessoas acham muita graça por ser um animal diferente, mas muitas vezes esquecem-se que também na hora de receber cuidados eles precisam de atenções menos comuns”. Rita trabalha apenas com uma funcionária. O seu dia de trabalho tem, em média, entre oito a nove horas, muitas vezes aos sábados e domingos e, quando vai para casa, “não dá para esquecer o trabalho. Às vezes, enquanto faço o jantar, estou a pensar que tenho que fazer mais estas ou aquelas análises”, confessa. “É preciso muita dedicação”. Em casa tem dois cães e uma gata e, sempre que tem algum animal internado que precise de cuidados a tempo inteiro, é carinhosamente acolhido no lar da veterinária. Não é difícil compreender o que sentem os seus “utentes”? “Lidar com os animais nestas situações é um pouco como ser pediatra. Temos que saber interpretar os sinais”, esclarece. “Por vezes os donos também não facilitam porque não são muito claros com o que se passou com o animal”, lamenta, sem no entanto acrescentar que percebe as dificuldades dos donos dos animais.“É um trabalho muito gratificante”, garante a veterinária, salientando também que Alpiarça foi uma excelente aposta. Não põe de parte no entanto a hipótese de abrir fronteiras e expandir o negócio a outros pontos do país.