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“Moita Flores está a pôr Santarém no mapa”

Acompanha o que se passa em Santarém?Vou tentando acompanhar através dos jornais, pelo que me vão dizendo. Aliás, ainda estou recenseado em Santarém.Costuma lá votar?Para as autárquicas não.Porquê?Porque acho que não devo votar numa cidade onde não vivo. E como em Lisboa não posso votar…E se tivesse votado em Santarém?Em quem votava? Gosto muito do Moita Flores. Sempre gostei. Conhece-o pessoalmente?Cruzei-me com ele uma vez aqui na Renascença. Não sei se ele lembra de mim ou se eventualmente ouve o programa. Mas é uma pessoa por quem tenho uma simpatia muito grande, mesmo muito antes de ele andar metido na política. Gostava muito de ouvir os comentários e as análises dele na televisão e nos jornais.Tem grandes expectativas em relação ao trabalho dele?Não sei, não estou lá para acompanhar. Ser presidente de câmara não é só ter os jardins bonitos, as estradas alcatroadas. Há questões sociais que muitas vezes nos escapam e que os autarcas tendem a esquecer, até porque são problemas com maior dificuldade de resolução. Não sei o que se passa em Santarém nesta altura, mas sei que Moita Flores, quanto mais não seja pelo seu mediatismo, está a pôr Santarém no mapa. E isso é muito bom para a cidade.A cidade mudou muito nos últimos anos?Mudou para melhor, graças a Deus. Sempre conheci Santarém como uma cidade onde não acontecia rigorosamente nada. O ensino superior também ajudou a cidade a melhorar. Agora fica aqui o desafio para Moita Flores: ele e os que se seguirão nunca deixem Santarém transformar-se num dormitório de Lisboa.Acha que com a construção do novo aeroporto na Ota isso pode acontecer?Acho que o aeroporto na Ota é um investimento absolutamente desnecessário. O país precisa de tanta coisa, tem tanta prioridade… Santarém pode tornar-se um pólo de turismo por ter um aeroporto tão perto, mas por outro lado temo que Santarém seja aglutinada pela grande Lisboa.A sua costela ribatejana dissolveu-se com a vinda para Lisboa?Não. Continuo muito ligado a Santarém e a gostar muito de lá estar. Continua a ser a minha cidade. Só não vivo lá porque a minha mulher não quer. Curiosamente, ela é que é de lá, nasceu na Ribeira de Santarém. Por mim, não me importava de ir e vir todos os dias e ter de me levantar uma hora mais cedo. Era a única coisa que me faria tirar a carta de condução.Que memórias é que guarda da cidade?Lembro-me muito dos meus amigos, dos momentos bons que passei naquelas escolas. As minhas memórias são sobretudo associadas à música. Quando ouço determinadas músicas dos anos 80 associo-as a determinado momento. É muito engraçado. Já alguma vez foi solicitado para dar a voz ou o rosto por projectos políticos?Fui. Fiz parte da comissão de honra da candidatura de Ferreira do Amaral às Presidenciais em 2001.É uma pessoa conservadora, de direita?Não sou conservador. Sou uma pessoa com ideais de direita. Sou um misto, porque as pessoas têm a mania de pensar que as preocupações sociais vêm todas da esquerda e isso não é verdade. A esquerda não pode ter o exclusivo disso. Aliás hoje acho que ninguém é de direita ou de esquerda, a não ser que seja de extremos e isso eu não sou. Mas tenho as minhas convicções…Deus, Pátria e Família?Sim, sempre. Isso e muito mais!

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