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Um sorriso sempre aberto por detrás do balcão

Um sorriso sempre aberto por detrás do balcão

Sara Silva é empregada de uma tabacaria e café em Vila Franca de Xira

A jovem adora a sua profissão e o contacto com muita gente ao longo do dia. Alguns clientes habituais já se tornaram amigos.

Para muitos daqueles que se dirigem para a estação de caminhos de ferro de Vila Franca de Xira pela manhã cedo, a caminho do trabalho, a paragem na “Ginginha” é um ritual obrigatório. É lá que se bebe o café, é lá que se compra o jornal, é lá que, para muitos, se trocam os primeiros “bons dias” da manhã. Sara Silva sabe disso e desde que começa o dia até que chega a noite, mantém o sorriso aberto para todos os que ali se dirigem. Agora com 22 anos, Sara nunca conheceu outra profissão nem outro local de trabalho. Há quatro anos atrás, deixou a escola e empregou-se na “Ginginha”, onde permanece até hoje. “Precisava de ajudar os meus pais e até agora não me arrependo nada”, diz. “Até agora…”, reforça, como quem diz que, aos 22 anos, não há portas fechadas para coisa nenhuma.Sara não fala com meias medidas sobre o seu trabalho. “Gosto mesmo muito daquilo que faço”, assegura. Aspectos negativos da profissão? “Não há”, garante. O facto de lidar com muita gente ao longo do dia é, para a jovem empregada de balcão, o que mais a alicia na profissão, que até permite criar alguns laços de amizade. Sara atesta que a proximidade com a estação de comboios atrai muitos clientes. A maioria deles apressados a caminho do trabalho mas também outros que têm uns minutos para gastar em dois dedos de conversa. “Vêm aqui às vezes só para conversar um ou dois minutos, perguntam-me como vou…”, descreve.Totobolas, totolotos, euromilhões, jornais, revistas, artigos de papelaria, cafés, bolos e a famosa ginginha… A lista parece não ter fim e ocupa todos os minutos dos dias de Sara. Ao abrir a loja, pela manhã, as primeiras tarefas são, por regra, servir cafés e registar totolotos. Depois de passada a agitação da hora de ponta, o dia acalma e as tarefas diversificam. Uma das funções que mais tempo lhe ocupa é a de colocar os preços em cada uma das muitas revistas que por ali se vendem. Mas não é a tarefa mais enfadonha ou a de que Sara menos gosta. “O que menos gosto é de lavar casas de banho!”, diz a rir. “Às vezes queixo-me, mas gosto do que faço”, esclarece logo de seguida. Por trabalhar seis dias por semana, não sobra a Sara muito tempo livre. O pouco que tem, diz que gosta de passá-lo calmamente, seja a passear ou simplesmente na sua casa, em Castanheira do Ribatejo, a ver televisão.Antes da remodelação de que foi alvo há pouco tempo, a “Ginginha” era praticamente uma papelaria como tantas outras. Com a mudança, veio o balcão onde agora se servem também cafés e outras bebidas. E vieram também novas funções para a jovem empregada de balcão. “Antes eram só as revistas e o totoloto, era mais secante”, confessa, não escondendo que gosta mais de trabalhar agora, com as funções acrescidas, ainda que isso signifique ter mais trabalho. “Agora os dias passam-se melhor”, garante. De segunda a sábado, até às nove da noite, Sara não tem outra vida. Nem quer. Não é o emprego de sonho da maioria das pessoas mas é a realidade que faz de Sara uma pessoa feliz. A porta fecha às nove e em dez minutos fazem-se todas as arrumações. Até ao dia seguinte.
Um sorriso sempre aberto por detrás do balcão

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