Cartaxo quer receber o novo Instituto Português de Oncologia
Presidente da CCDR-LVT, Fonseca Ferreira, é contra a saída do IPO de Lisboa
O presidente do Cartaxo disponibilizou um terreno para instalar o novo Instituto Português de Oncologia. A declaração surge um dia após ter sido feito anúncio idêntico pelo município de Oeiras e oito meses após o Governo ter dito que procurava um terreno para o efeito.
O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), diz-se pronto a disponibilizar um terreno de 12 hectares no futuro Valley Parque, junto à A1 para acolher o Instituto Português de Oncologia (IPO). O anúncio foi feito sexta-feira, dia 8, à agência Lusa e surge um dia depois de ter sido noticiado que a Câmara de Oeiras tinha cedido um terreno naquele concelho, exactamente com aquela área, para o mesmo fim. Em Setembro do ano passado o ministro da Saúde tinha dito que estava a procurar um terreno em Lisboa ou fora da cidade para transferir o Instituto Português de Oncologia, justificando a mudança com as limitações físicas do actual edifício, junto à Praça de Espanha. Em Maio o executivo municipal de Oeiras aprovou, por unanimidade, a celebração de um acordo com o Ministério da Saúde, com vista à cedência do terreno. A oferta do Cartaxo ainda não tinha sido formalizada na altura em que foi anunciada na sexta-feira. Segundo o semanário Expresso, ainda antes da deliberação do executivo de Oeiras sobre o assunto, o Ministro Correia de Campos, escreveu a Isaltino de Morais “a dar conta que aceita a parcela de Leceia, mediante a disponibilidade a curto prazo do terreno”. Segundo o mesmo jornal, o Presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, António Branco, revelou que “o concurso para a construção (e eventual gestão) do novo IPO deverá ser lançado entre finais do primeiro semestre de 2008 e o final desse ano” e que o hospital poderá estar a funcionar daqui a três ou quatro anos.Quem não vê com bons olhos a saída do IPO de Lisboa é o presidente da CCDR-LVT, Fonseca Ferreira. A deslocalização, diz, é “globalmente má porque se chegou ao limiar do esvaziamento e Lisboa já devia estar a atrair população”. A capital, acrescenta “faz a diferença em termos internacionais e precisamos de uma cidade viva e não morta”. O terreno que Paulo Caldas diz poder disponibilizar insere-se nos 15 hectares destinados à instalação de um "parque de ciência e tecnologia" de uma área de 130 hectares cujo plano de pormenor se encontra em análise na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo – CCDR-LVT. Segundo o autarca, ao contrário de Oeiras, que tem estado a negociar com particulares o terreno a ceder, o Cartaxo pode disponibilizar 12 hectares de terreno de forma quase imediata, se o projecto for considerado de interesse nacional, permitindo ultrapassar a burocracia na aprovação do projecto Valley Parque, como aconteceu no caso da plataforma logística de Castanheira do Ribatejo.
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