Defensores da Ota pedem explicações ao ministro e Moita Flores compreende posição do Governo
Autarcas dos concelhos vizinhos da Ota foram esta terça-feira pedir explicações ao ministro das Obras Públicas sobre a decisão governamental de estudar a hipótese Alcochete para construção do novo aeroporto. O encontro, um dia depois de Mário Lino ter anunciado no Parlamento que o governo mandou efectuar estudos comparativos entre a Ota e o Campo de Tiro de Alcochete, teve o objectivo de manifestar ao ministro das Obras Públicas a preocupação dos autarcas da zona da Ota pelo que tem sido considerado um recuo do governo na questão do novo aeroporto.O presidente da Câmara de Santarém que tinha participação prevista na comitiva mas que acabou por delegar a sua presença no seu homólogo de Rio Maior, entende que a posição do Governo é “compreensível” face às conclusões do novo estudo encomendado pelo presidente da CIP. “Perante esse estudo, e depois das declarações do Presidente da República e do que se tem dito sobre a Ota, julgo que o Governo não tinha outra decisão a tomar. Nenhum Governo sensato deixaria de fazer isto”.Francisco Moita Flores (PSD) diz que continua a considerar a localização do novo aeroporto na Ota como a melhor. Mas reconhece que para o seu concelho a localização no Campo de Tiro de Alcochete, situado em grande parte no concelho de Benavente, é igualmente interessante. “Tem também um forte impacto em Santarém. Não há diferenças de maior”.Para o autarca o grande problema é que “já se perdeu muito tempo em estudos”. Pelo que entende que “só se houverem diferenças abissais entre as duas localizações é que se compreende que o Governo volte atrás”. Ou seja, que desista da opção Ota pela solução do Campo de Tiro de Alcochete.
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