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As recordações de José Onofre, antigo jogador e dirigente do clube

As recordações de José Onofre, antigo jogador e dirigente do clube

Quando o campo era de terra batida e as balizas de madeira cortada numa carpintaria da aldeia

Nos anos 60 os rapazes jogavam num terreiro da aldeia com bolas de pano, atentos à telefonia da taberna para ouvir os relatos dos jogos.

Foi no largo do rancho folclórico de Vila Nova da Rainha, concelho de Azambuja, que os jogadores de bola da aldeia começaram a dar os primeiros passos. As partidas eram jogadas no lugar onde hoje passa a movimentada Estrada Nacional 3 em plena década de sessenta do século passado, altura em que o clube foi criado. Na altura em que se chegava a Vila Nova da Rainha pela estrada interior da freguesia.José Onofre, 77 anos, recorda os tempos em que para fazer futebol não eram necessários contornos de campo, balizas, tão pouco equipamentos. Os rapazes de aldeia, com aspirações a jogadores de futebol enrolando a bola de trapo no chão, ouviam por ali os relatos na telefonia da taberna do Moisés Tavares – a única da terra. Mais tarde o senhor Visconde de Merceana cedeu um terreno na zona onde hoje está implantada a cooperativa de habitação Socasa. Foi o primeiro campo de futebol em terra batida com balizas de pau cortadas numa carpintaria. Oitenta por quarenta metros de campo. “Mais tarde o proprietário quis plantar pessegueiros que estavam a render na altura e tivemos que sair”, conta o ancião.À época não havia ainda posicionamentos. Cada um jogava o que sabia sem pretensões de ser lateral esquerdo ou direito ou brilhar na baliza. Não há histórias de autocarro ou idas em grupo aos jogos de futebol. Os rapazes iam de bicicletas ver as partidas das aldeias vizinhas. “O primeiro carro que apareceu na aldeia servia de ambulância quando era preciso”, recorda. Depois vieram as motorizadas e os rapazes iam a Setúbal, a Torres Vedras e a Coruche assistir aos jogos.
As recordações de José Onofre, antigo jogador e dirigente do clube

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