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Sózinhos ou em muito boa companhia

O MIRANTE andou à procura dos acompanhantes das figuras públicas convidadas para a festa

Boa parte dos convidados da Gala de O MIRANTE apareceu no Cine Teatro de Almeirim de braço dado com o vazio.

“Tanto homem sozinho e nós sem nenhum”. O lamento de uma das idosas da universidade sénior de Almeirim que na quinta-feira à noite assistiu à gala de prémios de O MIRANTE, tinha razão de ser. Boa parte dos políticos convidados apareceu no Cine Teatro de Almeirim sem acompanhante. A começar pelo Governador Civil de Santarém, Paulo Fonseca, um dos galardoados da noite. Também Vasco Cunha (deputado da Assembleia da República), António Carmo (responsável da Segurança Social) e António Campos (responsável da Nersant). “Estes devem ter casado com a profissão, coitados”, dizia a idosa para a colega do lado enquanto desembrulhava mais um rebuçado. “À falta de melhor, adoça-se a boca com isto”, atirava entre risos.A lista de homens sós, não necessariamente solteiros ou descomprometidos, ia aumentando à medida que a hora de início do espectáculo se aproximava. Autarcas como Sousa Gomes, o anfitrião da noite, Jaime Ramos (presidente da Câmara do Entroncamento), José Fidalgo (presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira) e Paulo Caldas (autarca do Cartaxo) não tinham ninguém a quem dar o braço. “Vale mais só que mal acompanhado?”, perguntava O MIRANTE tentando puxar pela língua dos solitários. Nenhum arriscava qualquer saída brejeira. Ficavam-se pelo politicamente correcto. A esposa de Paulo Caldas estava a realizar um exame na faculdade. E convenhamos que entre as perguntas sobre contabilidade analítica e a música de José Cid a senhora preferiria com certeza ter acompanhado o marido. Já a mulher de Joaquim Fidalgo tinha ficado a tomar conta dos netos, um serão muito nobre. O vereador da Câmara de Tomar, Carlos Carrão, e o seu ex-presidente, agora gestor do Programa Operacional da Região Centro, António Paiva, também não levaram acompanhantes. Entre outros mais, com os quais O MIRANTE não teve oportunidade de falar.Para contrabalançar houve quem não levasse um mas vários acompanhantes. A “tribo” toda, como diria Iria Caetano, directora do Convento de Cristo, galardoada com o prémio Cultura feminino. Da famíla estava a filha Rita mas havia mais. Responsáveis regionais e nacionais do IGESPAR e membros da sua equipa do Convento de Cristo. Duas dezenas. “E não são demais” garantia enquanto, sob o olhar de desaprovação da filha, aproveitava a espera para o início do espectáculo para fumar mais um cigarrito. “Aquela é a Rosa Maria? Não pode ser. De saias?!” perguntava incrédula uma das acompanhantes a Iria Caetano, sobre uma das colegas. Uma colega que estava ali numa dupla função – a de apoiar a galardoada com quem trabalha diariamente e a de “primeira-dama” de Tomar. A esposa do novo presidente do município do Nabão, Corvelo de Sousa, é uma mulher calma, sossegada e muito discreta. Tentou passar completamente despercebida e quase o conseguiu, não fosse a inconfidência, dita num tom talvez um nadinha alto demais, sobre as suas preferências em termos de vestuário.De estatura pequena mas com uma enorme alma Joaquim Bicho, o galardoado com o prémio Vida, estava só no átrio de entrada mas tinha quase toda a família já confortavelmente sentada na plateia do cine-teatro. Quase toda, porque ainda esperava por uma filha que viria de Lisboa. O filho a viver na Polónia é que não podia estar presente. E o genro, Presidente da Câmara de Torres Novas, “tinha outro compromisso”. A mãe de Joaquim Louro fez questão de estar presente na altura em que o empresário subiu ao palco para receber o prémio Cidadania. Assim como a filha de Isaura Morais. A premiada (prémio Política no feminino), também não se esqueceu dos pais nem do namorado Alexandre, um ano e meio mais novo.Luísa Pereira, a esposa do presidente da Câmara de Ferreira do Zêzere, confidenciou a O MIRANTE que nem tinha muita vontade de sair de casa naquela noite fria mas fê-lo essencialmente pelo dever e a vontade de apoiar Catarina Godinho, a jovem atleta da terra premiada na categoria de Desporto feminino. A provar que as acompanhantes das figuras conhecidas da região não têm de ser só um apoio de braço. E houve até quem, ao contrário do habitual, levasse acompanhante. Sempre irrepreensível, a empresária Salomé Rafael mostrava-se felicíssima por naquela noite ter o marido consigo. “Nunca vem…”, desabafava.“Onde são as casas de banho?”, perguntava a filha de Iria Caetano. Não porque tivesse alguma urgência fisiológica mas porque “queria apreciá-las”. Não, não fique com ideias estranhas. Arquitecta de profissão, Rita Caetano apenas pretendia observar a sua arquitectura. Porque, como dizia, é pelas suas casas de banho que se avalia muito da arquitectura de um edifício.

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