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Sobe o preço

Quem habita num prédio, sabe que nem sempre é fácil o relacionamento entre os vários condóminos.De um modo geral, em edifícios menos recentes, os moradores são pessoas aposentadas, com maior disponibilidade para cuidar do que é de todos.Havendo uma lâmpada para substituir, uma fechadura para reparar ou um vidro a ser colocado, encontra-se sempre um vizinho mais habilidoso, que oferece os seus préstimos.Não existindo elevador, as despesas são reduzidas. A limpeza das escadas pode ficar a cargo de uma das condóminas, a troco de uma pequena retribuição.Nos prédios maiores e menos antigos, as coisas complicam-se.São mais os condóminos, há elevadores, vídeo-porteiros, portões automáticos e outros equipamentos que exigem manutenção por técnicos especialistas.Os casais jovens que ali habitam trabalham nos dias úteis. Reservam os fins-de-semana para os filhos e não demonstram grande disponibilidade para despender tempo na complicada manutenção das partes comuns.Este é o panorama geral.Por incrível que pareça, há pessoas desonestas que aproveitam para embolsar umas quantias à custa dos vizinhos.Um prédio de luxo era servido por dois elevadores, que ascendia desde as garagens na cave até ao último piso.O primeiro comprador optou pelo sexto andar.Durante umas semanas, aquela fracção era a única que já tinha proprietário.O cavalheiro não perdeu tempo.Era necessário assegurar a manutenção dos elevadores. Recorreu a uma empresa especializada, mas pouco conhecida.Combinou uma prestação trimestral a suportar por todos os condóminos. A duração do contrato ficou fixada em 20 anos!O mais curioso é que a tal prestação trimestral era elevadíssima. As firmas concorrentes cobravam menos por um ano de manutenção.À medida que outras pessoas foram adquirindo as suas casas naquele prédio, tornou-se necessário eleger um administrador e determinar quem exerceria o cargo futuramente.Confrontados com aquele contrato ruinoso, ninguém teve dúvidas de que houvera ali um arranjinho.* Juiz (hjfraguas@hotmail.com)

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