Pedro Ribeiro fala em chantagem política sobre presidentes de junta do concelho do Cartaxo
Campanha sobe de tom na apresentação da candidatura do vereador à concelhia do PS
O candidato à presidência da comissão política concelhia do PS do Cartaxo, Pedro Ribeiro, diz que há um clima de “chantagem e perseguição política” tendo como pano de fundo as eleições de dia 15, sexta-feira. Na apresentação da sua candidatura, afirmou que há presidentes de junta do concelho alvo de chantagem e realçou que esses elementos puseram de parte “convicções pessoais para defender os interesses das populações que os elegeram”.A acusação de Pedro Ribeiro foi proferida sábado durante a apresentação da lista candidata à presidência da comissão política concelhia. O salão nobre da Junta de Freguesia do Cartaxo foi pequeno para acolher os apoiantes de Pedro Ribeiro que aplaudiram e deram palavras de incentivo ao seu discurso inicial.Sem concretizar nomes, Pedro Ribeiro sempre foi dizendo que” três presidentes de junta o apoiam e outro está bastante próximo”. Mas que não pode revelar os seus nomes para que as juntas de freguesia não saiam prejudicadas no relacionamento com a câmara. Recorde-se que na quarta-feira anterior, 6 de Fevereiro, estiveram cinco presidentes de junta na apresentação da lista de Paulo Caldas. Vila Chã de Ourique, Lapa, Vale da Pinta, Valada e Pontével. Com palavras fortes dirigidas à candidatura concorrente, Pedro Ribeiro acusou-a de veicular mentiras e ataques pessoais. Justificou a sua decisão de ser candidato à liderança da concelhia recordando a tomada de posição do secretariado local, órgão máximo do partido, que constatou que o PS Cartaxo era um “partido fechado, sem ideias e virado para dentro”. Ladeado pelos restantes quatro elementos do topo da lista à comissão política - Pedro Nobre, Délio Pereira, Maria Filomena Lopes e António Morão -, Pedro Ribeiro disse que é evidente o descrédito que o PS tem alcançado nos dois últimos mandatos. Período no qual passou de seis vereadores na câmara para quatro, em que eleitos perderam pelouros e se perderam maiorias absolutas em assembleias de freguesia. No actual mandato, argumentou, houve cinco ou seis renúncias de deputados municipais, além da troca de assessores e da saída do chefe de gabinete do presidente da câmara. “Um vendaval político. Tem que acabar o tempo do líder que se destrói e destrói todos à sua volta” disse Pedro Ribeiro. Lembrou ainda que Paulo Caldas teve de socorrer-se do anterior chefe de gabinete e da secretária nas últimas eleições tal foi o “número de negas” para integrarem a sua equipa.Como medidas para revigorar o partido no Cartaxo, Pedro Ribeiro propõe descentralizar reuniões pelas freguesias e reunir trimestralmente com elementos das assembleias e executivos das juntas para ficar a par da actualidade local e prestar contas. Defende o modelo das quotas para mulheres como forma de as estimular para a vida política, a maior participação dos jovens, a aposta em dar formação técnica e política aos eleitos para que saibam como funcionam os órgãos autárquicos. Perspectiva ainda a criação de um boletim periódico e de um site na Internet que forneça informação aos militantes sobre as actividades do partido.Pedro Ribeiro deixou também um recado implícito a José Miguel Noras, ex-presidente da Câmara de Santarém que apoia Paulo Caldas. Embora não tenha mencionado o seu nome, disse em tom inflamado que “os coveiros do PS em Santarém não deviam também fazer o funeral ao PS Cartaxo”.
Mais Notícias
A carregar...