Os melhores marchadores do mundo vão participar no 17º Grande Prémio Internacional de Marcha Atlética de Rio Maior e 6º Challenge Mundial de Marcha, que se disputa no dia 5 de Abril, em Rio Maior.O Grande Prémio de Marcha de Rio Maior surgiu em 1991 para homenagear Susana Feitor, que no ano anterior se tinha sagrado campeã do mundo de marcha na categoria de juniores. “Foi um feito inesquecível, quando a Susana regressou tínhamos a Praça da República cheia de gente para a aplaudir, e logo aí no discurso de saudação o presidente da câmara, Silvino Sequeira, lançou a ideia de organizar um grande prémio de marcha em Rio Maior”, disse a O MIRANTE, Jorge Miguel, treinador de Susana Feitor e director técnico da prova.A prova de Rio Maior nasceu para homenagear a melhor marchadora portuguesa de sempre e rapidamente se tornou uma das mais conceituadas do mundo. “O êxito que obteve logo na sua primeira edição levou à sua continuidade e passados cinco anos viesse a ser integrada no calendário da Associação Europeia de Atletismo”, referiu Jorge Miguel.A evolução da marcha a nível mundial foi muito grande, e em 2003 a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) criou um challenge de marcha e o Grande Prémio de Rio Maior foi desde logo incluído nesse circuito. “O challenge da IAAF é um autêntico Campeonato Mundial de Marcha, e graças ao prestígio que o Grande Prémio de Rio Maior tinha já alcançado, foi desde logo integrado no challenge”, disse o director da prova.Esta integração no challenge da IAAF deu ainda mais prestígio à prova de Rio Maior e faz deslocar à “Capital do Desporto” os melhores atletas do mundo nesta modalidade. “Para a prova deste ano temos já confirmada a presença do tri-campeão do mundo, o mexicano Jefferson Perez e do campeão olímpico o italiano Ivano Brugnetti, entre outras grandes figuras a nível internacional” referiu Jorge Miguel, adiantando também que “não esquecendo que Portugal é boa potência da marcha a nível mundial, e os sete atletas que já estão apurados para os Jogos Olímpicos de Pequim também vão estar presentes”.Quando se fala de marcha atlética em Portugal tem que se falar obrigatoriamente em Rio Maior. “Isso é fruto de um trabalho em continuidade que já vem desde 1998. Aproveitámos as boas instalações existentes e desenvolvemos um bom trabalho neste campo, e os atletas vão continuando em Rio Maior e vão ajudando a encontrar novos valores”, referiu Jorge Miguel.É uma vasta equipa que trabalha com muita vontade para que o Grande Prémio Internacional de Marcha de Rio Maior continue na senda do êxito, e os atletas correspondem em pleno a esse trabalho. “É uma prova que tem já um grande peso logístico e só é possível continuar com a sua organização porque desde sempre há várias entidades que trabalham de braço dado. A Câmara de Rio Maior, o Clube de Natação de Rio Maior, a Desmor, que contam com a colaboração da Federação Portuguesa de Atletismo e da Associação de Atletismo de Santarém, fazem um trabalho excepcional”, garantiu Jorge Miguel.A vinda dos melhores atletas do mundo também necessita de um vultuoso investimento. “Felizmente que temos em Rio Maior um centro de estágios com condições de alojamento excepcionais, mas temos que pagar as deslocações e estadia dos melhores atletas e juízes internacionais, e obrigatoriamente que temos que ter para distribuir em prémios monetários mínimos de 15 mil euros”, explicou o director da prova.Está tudo a postos para que a 17ª edição do Grande Prémio Internacional de Marcha Atlética de Rio Maior e 6º Challenge Mundial de marcha da IAAF seja mais um êxito, quer ao nível de atletas quer de organização.