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“Sou totalmente crítico em relação à gestão do CNEMA”

O que é hoje que representa para si o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA)?Uma obra a que dediquei oito anos da minha vida de uma forma muito intensa.O processo de construção do centro de exposições não foi fácil e houve quem criticasse a saída da Feira do Ribatejo/Feira Nacional da Agricultura do planalto.Eu gostava muito mais da feira no Campo Infante da Câmara do que no CNEMA. Mas para se garantir o futuro do certame teria que se fazer uma obra que garantisse o seu desenvolvimento. Nessa altura era presidente da feira e foi possível obter apoios do Governo e da União Europeia para fazer o centro. A população não queria um projecto de um parque de exposições daquela dimensão no centro da cidade e a câmara não queria que a feira continuasse naquele sítio porque fazia barulho, incomodava. O CNEMA é hoje aquilo que esperava?Um parque de exposições serve para imensas actividades e aquele foi feito com uma grande polivalência, mas nunca foi gerido de acordo com isso. Tem uma potencialidade que nunca foi explorada. Isso deixa-o magoado?Sou totalmente crítico em relação à gestão do parque. É inadmissível como se deixou perder o potencial do CNEMA, sobretudo logo de início. O espaço abre antes da Expo 98 e podia ter cativado muitas actividades para Santarém, mas fixaram-se na Feira da Agricultura e nuns mercadozinhos agrícolas que já nem existem. Porque é que sai da presidência do CNEMA quinze dias antes da inauguração?Foi uma tomada de posição para mostrar que o projecto que tinha para viabilizar o parque não ia ser concretizado. Houve forças de bloqueio?Houve situações de objectivos pessoais que se sobrepuseram. O protagonismo que tinha a Feira do Ribatejo naquela altura, a intimidade que proporcionava com governantes era uma atracção pessoal muito grande. Houve quem se fixasse só nessas coisas para se valorizar e esqueceu-se do resto. Agora com a construção do retail park na zona as coisas podem mudar?Aquele terreno foi comprado por proposta minha com o objectivo de construir um depósito de água para abastecer o parque e para servir de reserva de expansão. E ninguém queria. Era muito difícil na altura as pessoa terem visão de futuro. Não imagina o esforço que fiz. Agora foi a solução financeira para o CNEMA. Desligou-se do CNEMA? Nunca mais foi chamado a colaborar?Desliguei-me completamente, tenho muita pena que aquilo não seja um contributo para o dinamismo de Santarém.

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