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Um apaixonado pelo desporto

José Andrade foi um dos mais jovens deputados na primeira legislatura após o 25 de Abril, eleito pelo PPD, hoje PPD/PSD. Nasceu no Vale de Santarém, concelho de Santarém, em 8 de Maio de 1948, porque a sua mãe, filha única, foi sempre ter os filhos a casa dos pais. Mas José Andrade sempre viveu em Almeirim, na casa do pai. Foi presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) durante três anos a partir de 1996, mas desde 86 que estava ligado à organização. Abandonou a CAP em litígio. “Entendia que tinha que haver uma componente reivindicativa e que a confederação não podia ser apenas uma agência de serviços e por isso fui-me embora”, recorda, acrescentando que a confederação “deixou de defender os agricultores e perdeu influência política” A sua casa de Almeirim é uma espécie de museu da família. Nas paredes há quadros pintados pelo irmão Manuel que morreu num acidente de automóvel com 22 anos. “Ele era uma personalidade muito especial. Era pintor, poeta. Tem fados cantados por muita gente como “Uma tasca bem castiça”. Tinha a mania de pintar D. Quixote porque era uma figura que o fascinava. Era um boémio que gostava imenso de fado”. Do irmão guarda ainda hoje o carro que era dele, um Triumph Spitfire.José Andrade apesar de desde pequeno ter sido habituado a andar a cavalo e de ter participado em todas as modalidades hípicas desportivas, também é um apaixonado pelo futebol e pelos desportos motorizados. Foi jogador do Sporting (clube do seu coração) em juniores mas não seguiu a modalidade por causa “dos devaneios da juventude”. Foi vice-campeão de ralis no primeiro campeonato da modalidade realizado em Portugal. É um amante do todo-o-terreno e ainda há poucos anos participou em raids de moto. Gosta de passear de moto pelos campos mas dá-lhe pena ver tantos telhados a cair em campos abandonados. Casado pela quarta vez, com quatro filhos, o engenheiro agrónomo confessa que não é de criar inimizades nem de guardar rancores, mesmo quando saiu de instituições em discordância com as políticas que estavam a ser seguidas porque não confunde as questões pessoais com as institucionais. Adora viajar e viver sem horários rígidos. Conhece vários países da Europa, América Central e África. O local onde mais gostava de viver era em S. Tomé e Príncipe pelas paisagens e pela paz que a ilha transmite. Mas adora Portugal e diz que se inclui no sentimento masoquista dos portugueses “que gostam de viver num país que os trata mal”.

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