Hugo Silva subiu mais um degrau do sonho ambicioso de vir a ser árbitro internacional
Aos 21 anos o jovem de Torres Novas passa a ser um dos árbitros mais jovens dos quadros nacionais
Não nasceu para o futebol. A modalidade que praticava era o andebol. Mas há cerca de seis anos uma amiga que abraçou a arbitragem levou-o a tirar o curso de árbitro, gostou e ficou fã. Hugo Silva dedicou-se de corpo e alma à causa da arbitragem, e prometeu a si próprio que ia lutar por chegar ao mais alto nível. O sonho de chegar a internacional passou a ocupar uma parte substancial da sua mente. Trabalhou com afinco e, aos 21 anos, subiu um importante degrau para passar do sonho à realidade. Foi primeiro classificado no distrito de Santarém e promovido aos quadros da arbitragem nacional.
Hugo Silva, português de gema. Quem vê o ar sério e concentrado antes de entrar em campo para arbitrar um jogo de futebol, não acredita que está na presença de um jovem com apenas 21 anos. Mas esse ar sério e compenetrado revelam a responsabilidade e seriedade com que encara todas as partidas que arbitra. Árbitro há cerca de seis anos, o jovem natural de Torres Novas mas a residir em Riachos é, aos 21 anos, um dos mais jovens árbitros de futebol do distrito de Santarém e dos quadros nacionais do futebol português. “Uma realidade que não me intimida. Sou perfeccionista por natureza, e esta subida aos nacionais não me causa medo. Pelo contrário ajuda-me a ganhar ainda mais maturidade”.A oportunidade de se tornar árbitro surgiu por brincadeira quando a amiga, Ana Brites, uma jovem que é arbitra dos quadros nacionais, o desafiou a tirar um curso de arbitragem no qual ela também participou. Começou o curso sem grandes expectativas de continuar, até porque era praticante de uma modalidade bem diferente, jogava andebol. Mas a verdade é que levou tão a sério a arbitragem que, agora, confessa-se um verdadeiro apaixonado pela modalidade.“Quanto mais aprendia mais me fascinava o mundo da arbitragem, sobretudo pelo companheirismo e amizades que criei. Conheci entretanto as pessoas que me ensinaram tudo o que sei hoje e desenvolveram ainda mais o meu gosto pela arbitragem. Não me vejo a fazer outra coisa. A pior altura do ano é quando acabam os jogos. Temos que organizar partidas entre amigos”. O jovem árbitro deu os primeiros passos no mundo da arbitragem na época 2003/2004. No ano seguinte foi promovido a juiz de segunda categoria distrital e no ano seguinte passou nas provas de acesso a árbitro de primeira B. No início da época de 2006/2007, uma vez que foi promovido a árbitro de primeira A, decidiu apostar na sua formação profissional constituindo a sua própria equipa, chamando para seus companheiros de viajem os amigos Fernando Ferreira, António Pereira, Nelson Santos e Gonçalo Antunes. “Em boa hora o fiz porque no final da época tivemos o prémio de ficar em primeiro lugar e a alegria de subir à terceira categoria nacional”, diz Hugo Silva. Adepto da disciplina dentro e fora de campo, Hugo confessa que prefere dialogar com os jogadores durante o jogo para que a partida seja mais bonita. Mas quando é impossível controlar o jogo com conversa, o jovem árbitro não se coíbe de exibir cartões sempre que acha necessário para manter a ordem dentro das quatro linhas.Apesar de jovem Hugo Silva conta já com seis anos de prática desportiva no mundo da arbitragem. Ainda se lembra do jogo onde se estreou como fiscal de linha, na partida que opôs o Clube Académico de Ourém e o Abrantes Futebol Clube. “Estava muito nervoso e lembro-me que a bandeira pesava quilos mas, no final, fiquei satisfeito uma vez que o jogo correu bem”. Mas também não esquece o último jogo que apitou a época passada, o derbi do seu concelho, o Riachense – Torres Novas. Hoje a arbitragem é indiscutivelmente um dos seus grandes amores. “Estou de tal forma apaixonado pela arbitragem que o facto de termos muitos jogos para arbitrar aqui a nível distrital não me causa qualquer mossa. Até acredito que agora com a subida ao nacional vou sentir saudades de sair ao domingo de manhã de casa para ir arbitrar três jogos e só voltar à noite cansado, mas satisfeito”, garantiu Hugo Silva.A família tem sido um esteio na sua vida de árbitro. “A minha família tem sido importante na minha carreira, tem-me dado todo o seu apoio. Creio que isso acontece porque viu que a arbitragem é importante para mim. Mas também porque sente que foi por aí que eu atingi cedo uma forte maturidade”, garante o jovem árbitro.Aliás Hugo Silva aconselha mesmo os jovens a enveredarem pela carreira de árbitro, porque é uma oportunidade de se realizarem e de ganharem grande maturidade. “As dificuldades que encontramos ajudam-nos a ganhar força e confiança, que numa idade em que não sabemos bem o que queremos, nos ajuda a encontrar o caminho certo”. Admirador confesso das selecções portuguesa e italiana, Hugo ambiciona construir uma carreira profissional sólida e ser um árbitro respeitado internacionalmente, como sucede com os seus ídolos da arbitragem, os portugueses Artur Soares Dias e André Gralha e o sueco Anders Frisk.Adepto do Futebol Clube do Porto adianta que um dos seus maiores sonhos seria dirigir uma partida entre as equipas inglesas, italianas e espanholas. “São jogos que qualquer árbitro ambiciona apitar. É um dos degraus mais altos que se pode atingir na arbitragem mundial. Além disso, teria oportunidade de conhecer os meus maiores ídolos do futebol”, referiu.
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