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O gestor que brincava aos toiros

É um homem discreto, de olhos claros, que se debruça sobre o burladero da praça de Toiros Palha Blanco, em Vila Franca de Xira. É gestor comercial, formado em economia. Tem 34 anos e madruga aos domingos para ir ver os toiros à lezíria. É o segredo de quem se apaixonou pela festa, está à frente da gestão da praça e quer trazer à arena os animais com mais pujança. Não deixa esse trabalho por mãos alheias. Os toiros já estão neste momento escolhidos para a feira de Outubro.Fala da festa com paixão. Como fala dos dois filhos, de dois e quatro anos. Nunca imaginou ser figura de cartaz, mas brincou na arena da Palha Blanco. Morava perto da “catedral” e tem frescas na memória as recordações da escola de toureiro e do Júlio Pitorrilha, o guarda da praça. “Quando víamos a porta aberta largávamos os cães como se fossem toiros. É uma coisa que não se compreende. Porque as paixões não se compreendem”.Mário Coelho e José Júlio são figuras que recorda de ver na arena. Lembra-se de corridas históricas. “As pessoas tinham dificuldades em sair e ficavam a pensar no espectáculo que tinham acabado de presenciar”, lembra.Fala com orgulho da corrida lidada a pé que vai voltar sete anos depois a Vila Franca de Xira. A ganadaria Pinto Barreiros tem um curro de excelência para uma praça que o merece. António Jorge Ferreira apresentar-se-á como matador e Nuno Casquinha regressará como triunfador do colete encarnado. O grande desafio é conseguir o equilíbrio entre a razão e o coração. “Tenho que ter a noção clara que os pés nunca podem sair da terra. A gestão equilibrada é isso. Se não tivermos paixão pelo que fazemos não temos gosto. Se não temos gosto fazemos por ser um negócio. Quando existe paixão há uma força superior”, remata.

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