A cientista Elvira Fortunato é um bom exemplo da nossa capacidade. Felizmente há muitos mais. Não quero aproveitar para fazer o discurso do optimismo. Mas gostaria de partilhar a minha opinião sobre o absurdo das generalizações e a facilidade com que recorremos a elas no dia a dia a propósito de tudo e de nada. Eu tento fazer isso cada vez menos. Infelizmente nem sempre sou bem sucedida. Qualificar grupos heterogéneos como os jovens, as mulheres, os comerciantes, os jogadores de futebol, os homens do lixo, os jornalistas, os brasileiros, os médicos, os padres, etc, etc, é negar que cada um de nós é único. Que cada um de nós é diferente do outro.Claro que se podem encontrar tendências, através de dados estatísticos, por exemplo. Mas isso também não nos dá qualquer direito de generalizar. Generalizar é errar. Dizer que em Portugal não há investigação é ignorar pessoas que dedicam anos e anos das suas vidas à investigação, como é o caso da entrevistada.Joana Bernardes