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Memória do médico milagreiro continua a atrair centenas de peregrinos a Alhandra

Memória do médico milagreiro continua a atrair centenas de peregrinos a Alhandra

Data em que se assinala o seu desaparecimento é um dos dias mais concorridos

Sousa Martins nasceu em Alhandra em 1843. O médico milagreiro desapareceu há 111 anos. Suicidou-se para fugir da tuberculose, uma doença que não conseguiu matar. Os seus feitos continuam a levar centenas ao cemitério onde está o jazigo da família.

Segunda-feira, 18 de Agosto. Às dez horas da manhã já a fila de peregrinos ultrapassa o portão do cemitério de Alhandra. No dia em que se assinala o 111º aniversário sobre a morte do médico Sousa Martins centenas de pessoas enchem o cemitério na habitual romaria ao jazigo de família onde se encontra sepultado o médico que nasceu nesta freguesia do concelho de Vila Franca de Xira.A maioria desloca-se ao local para pagar promessas pelas graças concedidas ou pedir ajuda. Quem ali está acredita que o médico Sousa Martins tem poderes milagreiros. É o caso de Maria Palmira Rodrigues. Há cerca de um ano foi-lhe diagnosticado um cancro de mama e os médicos disseram que não havia solução para o seu caso. Desesperada Palmira Rodrigues depositou toda a sua fé no médico de Alhandra. E garante que foi ele quem a salvou.“Faz mesmo milagres. Tanto a mim como a todos os peregrinos que aqui estão. Se ele não fosse santo as pessoas não vinham cá agradecer-lhe pelas suas graças”, afirma. Natural de Pombal, Palmira vem todos os anos, em Março e em Agosto, ao jazigo de Sousa Martins onde encontra a paz e força necessárias para ultrapassar todos os obstáculos que lhe surgem na vida.José Thomas de Sousa Martins nasceu em Alhandra, a 7 de Março de 1843.Viveu no local onde está construída a Casa-Museu Dr. Sousa Martins junto à zona ribeirinha da vila. Estudou em Lisboa onde tirou o curso de Farmácia e depois o de Medicina. Torna-se um dos médicos e cientistas mais prestigiados do país. Desfrutava de projecção internacional pelo estudo da tuberculose, cuja cura tentou sempre descobrir. Atacado pela tuberculose, e querendo evitar o seu próprio sofrimento, suicidou-se em 1897. À porta do jazigo da família Sousa Martins, Fernanda Semedo aguarda pela sua vez de entrar no mausoléu. Emocionada, ampara-se no ombro do marido. Um cancro no estômago que ainda não está resolvido tem-na assustado. Os médicos não lhe dão garantias de recuperação total. Depositou todas as suas esperanças nos poderes milagrosos do médico. “Todos os dias rezo ao doutor Sousa Martins para que me ajude a ultrapassar esta fase difícil da minha vida”, conta emocionada.Tal como estes dois testemunhos todas as pessoas que se deslocam ao jazigo do médico de Alhandra acreditam que Sousa Martins é diferente. Acreditam que tem o dom de curar. É a fé, a angústia e o desespero que os move e os leva a fazer promessas ao médico, apelidado de Santo.Ver Vídeo: http://www.omirante.pt/omirantetv/noticia.asp?idgrupo=2&IdEdicao=51&idSeccao=514&id=23762&Action=noticia
Memória do médico milagreiro continua a atrair centenas de peregrinos a Alhandra

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