ESPECIAL S.Martinho | 06-11-2008 11:36
Artistas da Golegã enriquecem Feira do Cavalo com obras de arte equestre
A escultura de Rui Fernandes, a pintura de Serrão de Faria e a fotografia de Tereza Trancas são ingredientes culturais numa mostra cultural onde o cavalo é figura central.
Três artistas da terra dão o seu contributo e participam numa exposição colectiva inserida na Feira do Cavalo – Feira de São Martinho que arranca esta sexta-feira, 7 de Novembro, na vila da Golegã. A par de todas as iniciativas equestres que decorrem no largo do Arneiro, a cultura também marca presença por estes dias na vila. Durante a feira, irá realizar-se uma Exposição de Pintura, Escultura e Fotografia na Galeria de Arte João Pedro Veiga, no Parque Equuspolis, que vai estar patente até 5 de Dezembro. A mostra inclui trabalhos de sete artistas, dois dos quais com fortes raízes à Golegã: Rui Fernandes (escultura) e Tereza Trancas (fotografia). Os restantes artistas que participam nesta mostra são Beatrice Bulteau, Christian Gaillard, Cassio Mello, Martine Bivort e José Cardoso. Em paralelo, na Azinhaga, estará patente uma mostra de pintura da autoria de Serrão de Faria, na Galeria-atelier do artista, exposição que, tal como nos explica, anualmente, é montada a pensar exclusivamente na Feira do Cavalo. O cavalo é, como não podia deixar de ser, o tema dominante de todas as obras que podem ser vistas nesta actividade de índole cultural. O escultor lisboeta Rui Manuel Colandro Fernandes, nascido em Lisboa mas com as suas raízes e percurso intimamente ligados à Golegã, onde actualmente reside, vai participar com seis esculturas de bronze que representam o touro e o cavalo. Obras que podem, aliás, ser vistas durante todo o ano no museu Museu Martins Correia, no Parque Eqquspolis, onde trabalha num dos seus ateliers. O escultor, que diz ter herdado os dotes artísticos do pai, desenvolveu o espírito criativo entre telas e tintas mas foi na escultura que se mais se destacou. Conta com dezenas de obras públicas espalhadas por todo o país, como por exemplo, o monumento ao Cavalo Lusitano, o monumento ao Azeite ou a estátua de homenagem a Carlos Relvas, na própria vila da Golegã mas também o monumento ao toureiro em Vila Franca de Xira ou a Estátua ao Comendador Mota, em Pombal, Rui Fernandes desde sempre que participa e colabora na Feira do Cavalo, certame que considera ser um dos expoentes máximos da vila. Para além do cavalo também o toiro constitui temática dominante da sua obra que se estende da aguarela à escultura, estando representado em colecções particulares em Portugal, Alemanha, França, Bélgica, México e Estados Unidos da América. O cavalo assume igualmente destaque nas cerca de 80 telas expostas na Galeria-Atelier de José Quelhas Serrão de Faria Pereira, nascido em Lisboa a 21 de Fevereiro de 1937 mas baptizado na Azinhaga, aldeia onde a sua família tem raízes há mais de 500 anos.Para além de pintor, Serrão de Faria é também desenhador, pintor e gravador, tendo chegado a participar no Raid Hípico da Feira de S. Martinho em 1973 e organizado a Feira de S. Martinho em 1974, como faz questão de recordar. Já lançou vários livros, um dos quais constituído por desenhos a tinta-da-china de cavalos, um retrato da vida do ginete lusitano nas várias fases da sua evolução, editados em obra gráfica pela Cooperativa Gravura, pelo Atelier António Inverno e pelo Centro Português de Serigrafia. Está representado em muitas colecções particulares, nacionais e estrangeiras e no Museu Martins Correia, na Golegã.Discreta como ela própria, a goleganense Tereza Trancas também dá o seu contributo com um conjunto de fotografias onde o cavalo e o toiro foram retratados de forma singular: “A fotografia tem que ser aquele momento. Não pode ser um segundo antes nem um segundo depois”, explica a artista que fotografa mas não gosta de ser fotografada.
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