Samuel Barradas é um profundo conhecedor da Feira de São Martinho, como os bons goleganenses ainda gostam de chamar à Feira Nacional do Cavalo. Para ele a tradição continua bem viva. “A feira já não é o que era, mas mudou para muito melhor. Pelo menos no aspecto. Hoje está tudo melhor arrumado. Há mais organização e as pessoas sentem mais vontade de vir à Golegã durante o tempo de feira”.Apesar das modificações, diz que a feira manteve o essencial. “Há quarenta anos as coisas eram diferentes. Havia mais ciganos e vendedores de gado. Agora tem uma vertente comercial bem mais séria e limpa. Mas em volta a tradição continua. Ainda vêm pessoas um pouco de todo o país comprar uma samarra ou um chapéu de aba larga à Golegã. Gosto mais da feira de agora”.Na opinião de Samuel Barradas o tempo da feira é benéfico para o comércio, principalmente para a restauração. “Para o meu comércio não tem influência directa. Mas acredito que indirectamente possa também ganhar alguma coisa com isso. Os visitantes deixam muito dinheiro na Golegã, e mais tarde, depois do pó assentar, acredito que também possa sobrar alguma coisita para mim”.Os constrangimentos à circulação também são menores “Tem sido feito um bom trabalho para disciplinar a circulação. Ainda há alguns problemas mas nada que não consigamos aguentar”. A ideia da construção do pórtico na entrada da vila foi, para Samuel Barradas, excelente. “Só alguma mente menos correcta pode colocar em causa a obra. É bonita e dá mais grandiosidade à entrada. Pode dizer-se que há coisas mais necessárias para fazer, mas a nossa terra também deve ter orgulho da sua beleza”.
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