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Carrilhão itinerante vai ficar sediado em Alverca e vai custar 300 mil euros

Carrilhão itinerante vai ficar sediado em Alverca e vai custar 300 mil euros

Projecto vai avançar com dinheiro de prémio das irmãs carrilhanistas

Alverca, que possui o terceiro maior carrilhão do mundo na Igreja dos Pastorinhos mas, que tal como O MIRANTE noticiou está em silêncio desde 2007, vai ser a sede do carrilhão itinerante que vai custar 300 mil euros.

No início de 2009 vai passar para o papel a constituição da primeira fundação de carrilhão do país. Vai surgir em Alverca recorrendo às verbas de um prémio monetário (50 mil euros) ganho pelas duas irmãs carrilhanistas Ana e Sara Elias, ficando sediado na mesma cidade onde já existe um carrilhão de meio milhão de euros na Igreja dos Pastorinhos.“Já foi publicado em Diário da República a designação do nome e a escritura da fundação será feita já no início do ano”, informou Alberto Elias, “pai” do carrilhão da Igreja de Alverca. A nova fundação será a primeira em solo nacional, já tem sede própria e tem em mãos o projecto para um carrilhão itinerante que custará 300 mil euros.“É um projecto ousado, mas perfeitamente possível. O carrilhão itinerante é colocado em cima de um camião e serve para concertos móveis e exibições pelo país. Terá 63 sinos, vai pesar 12 toneladas, é fabricado na Holanda e mede seis metros de comprimento por três de altura”, refere Alberto Elias a O MIRANTE.Em todo o mundo só existem quatro destes carrilhões, que demoram seis meses a serem construídos. Os 300 mil euros vão ser suportados por patrocínios, apoios e donativos, que já estão na manga. “Temos várias firmas interessadas em contribuir, estamos só à espera da escritura da fundação”, informa o nosso interlocutor. Ana e Sara Elias vão ser as principais responsáveis pela fundação, que pretende “divulgar a música, o instrumento, os músicos e a história” do carrilhão, recorrendo a conferências, colóquios, ciclos musicais e apresentações temáticas. “Já temos várias apresentações feitas pelo país”, informa Alberto Elias. A justificação dada pelos responsáveis para criar este projecto assenta na “dificuldade de obter uma boa divulgação do carrilhão em Portugal”. Uma das primeiras prioridades será a criação de uma escola de carrilhão, onde qualquer pessoa poderá aprender a tocar este instrumento. “Já realizámos vários contactos com grandes escolas mundiais de carrilhão, que se mostraram muito entusiasmados com a fundação e posso dizer que estamos preparados para assinar os protocolos necessários ao intercâmbio de alunos e professores já no próximo ano”, refere Alberto Elias. Recorde-se que Ana e Sara Elias estão impedidas de tocar no carrilhão da Igreja dos Pastorinhos por motivos não esclarecidos pelo pároco, que se recusa a prestar esclarecimentos ao nosso jornal. “Foi tudo muito mal explicado. Ainda tenho comigo a antiga chave do carrilhão”, refere o nosso interlocutor, engenheiro mecânico que deu vida ao instrumento. A polémica estalou quando Alberto Elias se propôs realizar um megaconcerto de carrilhão com os maiores nomes mundiais da área.A fundação vai ficar sediada em Alverca, na Avenida 5 de Outubro, mas os responsáveis admitem que “poderá mudar de local” no futuro dependendo da disponibilidade e do interesse de outras autarquias em apoiar o projecto.
Carrilhão itinerante vai ficar sediado em Alverca e vai custar 300 mil euros

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