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Nazareth Barbosa e Eulália Marques distinguidos pelo Círculo Cultural Scalabitano
Teatro Taborda encheu-se de amigos e colegas dos homenageados.
A dedicação ao Círculo Cultural Scalabitano (CCS), a Santarém e ao Ribatejo foram algumas das razões que levaram aquela instituição a homenagear José Luís Nazareth Barbosa e Eulália Teigas Marques, esta a título póstumo. Sábado, o Teatro Taborda encheu-se de amigos e colegas dos homenageados. Houve música, poemas e canto coral. Desde 1952 ligado ao CCS, do coral infantil passando pelo Clube Literário Guilherme de Azevedo, Nazareth Barbosa estabeleceu uma forte ligação com a Orquestra Típica Scalabitana, da qual foi apresentador e poeta. Evocado por figuras como João Moreira, António Valente e José Ramos, Nazareth Barbosa confessou que estava algo mal disposto devido a uma operação cirúrgica recente ao coração. Mas ficou melhor ao agradecer a distinção. “Acho que devemos manifestar a nossa satisfação quando alguém se lembra daquilo que fizemos, aquilo a que nos entregámos ou a ousadia que muitas vezes temos. E olhamos para a realidade e perguntamos: fui eu que fiz? Porque é que fiz? Como foi? A resposta: «Somos todos nós». Falar do que fiz seria vaidade. Brio sim tenho, orgulho, vaidade não. Mas foi um trabalho e encheu-me de alegria”, disse o homenageado à plateia, na companhia da esposa, Dilma Melo. De Eulália Teigas Marques falaram Pedro Canavarro e Vicente Batalha com palavras elogiosas e comovidas sobre o seu carácter, capacidade e alegria de viver. A professora, mestre em História, falecida em Maio de 2006, foi durante anos voz do Coro do CCS, defensora da música e do património. O viúvo, Manuel Francisco Marques, afirmou perante todos que Eulália está viva, não morreu. “Está viva em todos nós, onde deixou obras, gerações formadas com a sua convicção de que era possível mudar a sociedade. Essa convicção que lhe vinha muito de trás, desde o liceu”, recordou. Em nome do CCS, Eliseu Raimundo, reconheceu que aquelas personalidades marcaram a vida da instituição e da comunidade. Por isso, no final da cerimónia foi descerrada uma placa evocativa daqueles associados ilustres no segundo piso da sede.
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