A Câmara de Santarém vai pagar sete mil euros (mais 20 por cento de IVA) a cada um dos três consultores contratados para analisar as propostas apresentadas pelos vários consórcios concorrentes ao concurso para selecção do parceiro privado da empresa municipal Águas de Santarém. A decisão foi tomada na última reunião do executivo, com a abstenção dos quatro vereadores do PS.O júri do concurso, composto por técnicos da autarquia, considerou necessário recorrer a consultoria externa para analisar as propostas, tendo sido contactados os consultores Alexandre Reis de Oliveira, José Rosa e José Ferreira Dias, que aceitaram a prestação desses serviços. A complexidade do processo levou o executivo a aceitar a proposta do júri do concurso.Recorde-se que inicialmente o presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), apontou a decisão sobre a escolha do parceiro privado até Setembro ou Outubro de 2008, tendo dito mais recentemente, na assembleia municipal, que poderá haver novidades no final de Fevereiro de 2009.Segundo o caderno de encargos do concurso aberto pela Águas de Santarém, a empresa vai ser detida em 51 por cento pelo município e os restantes 49 por cento (que se estima permita um encaixe de 15 milhões de euros para os cofres da autarquia) irão pertencer à empresa vencedora do concurso público. Uma das condições impostas aos concorrentes é que apresentem um estudo económico e financeiro do projecto para um período de 30 anos. Os concorrentes têm que demonstrar capacidade técnica e experiência na área e entregar um projecto de acordo para-social que vai regular as relações do accionista privado com a câmara.A decisão da Câmara de Santarém em constituir uma empresa municipal Águas de Santarém, que vai gerir os sistemas de água e saneamento no concelho, surgiu depois do município ter abandonado no final de 2007 o projecto intermunicipal Águas do Ribatejo, liderado pela Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT).