uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Orçamento da Câmara de Tomar aprovado com forte contestação

O orçamento da Câmara Municipal de Tomar para 2009, com um montante de 57 milhões de euros, foi aprovado sexta-feira, 19, na assembleia municipal, apenas com os votos favoráveis da maioria PSD e do deputado não-inscrito José Serra e os restantes contra dos Independentes por Tomar (IpT), Partido Socialista, CDU e Bloco de Esquerda. Da bancada do PS partiram as críticas mais contundentes. “Depois de 10 anos de governação PSD em Tomar, esperava-se muito mais e não o pior orçamento de sempre, num documento todo ele fraco”, apontou Hugo Costa, considerando que o orçamento reflecte que “o fundo comunitário é visto sem perspectivas e pensando somente no fundo, sem ver qual o caminho rumo a uma sociedade mais desenvolvida”. Os socialistas criticam ainda o facto de todas as suas propostas se encontrarem “na mais funda gaveta, enquanto as de cáracter duvidoso e com eixo central na cidade” foram previstas. Já os deputados da bancada municipal dos “Independentes Por Tomar” assumiram uma posição quase de silêncio, como forma de manisfestarem a sua discordância. O deputado João Henriques Simões ainda questionou “onde está prevista a almofada oçamental para as famílias carenciadas do concelho” e “qual a situação objectiva dos fundos comunitários do Quadro Referência Estratégica Nacional (QREN)”. Nomeadamente onde vai a autarquia buscar o dinheiro para cobrir a parte que não abrange esses fundos, receando que seja necessário recorrer a novos empréstimos à banca, aumentando o endividamento da autarquia. Para Bruno Graça, deputado municipal da CDU, o documento representa a “atracção para o abismo”, investindo-se pouco nos pontos que poderiam captar riqueza e, desse modo, gerar a fixação da população em Tomar. O deputado refere ainda que a câmara investe pouco nas iniciativas de índole cultural, que poderiam atrair mais visitantes à cidade. Já para o deputado do Bloco de Esquerda, Carlos Trincão, não existe um “Plano B” para o orçamento, no sentido de se vir a saber qual será o benefício efectivo para a cidade com os investimentos previstos. “Quem é que depois de visitar o portal Castilho, no Convento de Cristo, quer vir ver o portal da igreja de S. João Baptista?”, questiona, afirmando que Tomar “não tem estaleca” para competir com o Convento de Cristo em termos patrimoniais, apenas ganhando no número de visitantes em duas situações: na Festa dos Tabuleiros e no Congresso da Sopa. Sobre este aspecto, o presidente da câmara, Corvêlo de Sousa (PSD) relembrou que a autarquia está a desenvolver um projecto de musealização nos Lagares D’ El Rei, antiga moagem localizada no centro da cidade, de forma a criar ali uma “âncora” entre o Convento e a cidade, referindo ainda a importância de se construirem duas novas unidades hotelereiras, uma no Largo do Pelourinho e outra no antigo Convento de Santa Iria.

Mais Notícias

    A carregar...