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Ginástica Acrobática enche pavilhão em Vila Franca de Xira

Ginástica Acrobática enche pavilhão em Vila Franca de Xira

Atletas locais brilham na segunda prova da modalidade realizada no concelho.

Grupo Desportivo de Pessoal de Alhandra alcança terceiro lugar em pares femininos, num pavilhão onde estiveram mais de mil pessoas na assistência.

Vanessa Rodrigues, 13 anos, avança para o centro do pavilhão da União Desportiva Vilafranquense. A atleta da Associação Desportiva do Carregado segue de mão dada com Beatriz Pereira, de oito anos, e juntas iniciam uma coreografia que abre a oitava passagem do campeonato de iniciação em ginástica acrobática realizado no Sábado em Vila Franca de Xira. O equipamento de exibição que realça as formas das atletas e oferece aos músculos espaço para trabalhar, é verde e branco, com um padrão comum ao clube. Os elementos técnicos sucedem-se, com pernas e braços esticados, unindo as duas jovens, ou movimentos diferenciados que tornam Vanessa a atleta “base”, o elemento de força e estabilidade da dupla, e Beatriz a “volante”, a atleta que fará piruetas e será elevada pela colega. No final da exibição, as duas jovens saem da zona de exibição e descansam, recebnendo as felicitações de Vanda Lopes, antiga atleta e treinadora. “No início, elas têm de saber que a cada tom da música se devem encontrar em determinado local ou fazer um exercício específico e devem deixar a música entrar na mente, mas com muito treino, tudo sai fluído”, explica a técnica. Vanessa pratica ginástica acrobática desde os seis anos e diz “sentir-se bem” depois da sua primeira exibição em competição nesta época desportiva. “Gosto mais quando há muita gente”, explica a atleta, e os cerca de mil adeptos, entre pais, amigos e amantes da modalidade não a desiludiram. A competição aproxima-se do final da primeira parte, depois de uma maratona de ginástica que começou pelas oito da manhã. Cada par teve de realizar quatro movimentos técnicos, que aumentam para cinco no caso de trios, explica Romeu Lemos, técnico do Grupo Desportivo e Cultural do Bom Retiro. “A parte técnica é importante e vale a maior parte da pontuação, mas a parte artística também é pontuada”, refere o técnico vilafranquense. E nem aspectos como o emblema do clube colocado no equipamento escapam ao olho do júri. As atletas, na sua maior parte raparigas, descansam numa zona do recinto reservada a praticantes, enquanto outros colegas actuam. O domínio do sexo feminino, numa competição que juntou cerca de 400 atletas, “é uma tendência habitual, por os rapazes não se sentirem muito estimulados para a modalidade. As jovens têm mais flexibilidade e interessam-se mais pelas coreografias”, explica Carlos Araújo, presidente da Associação de Ginástica Lisboa, responsável pela organização do campeonato. E as antigas atletas, hoje técnicas e professoras de educação física, tomam a cada ano em maior número o comando dos emblemas que competem na ginástica acrobática. “Os clubes tentam aproveitar as bases que têm a nível competitivo”, refere o dirigente. Alda Silva, técnica do Grupo Desportivo de Pessoal da Cimpor, de Alhandra, é uma das antigas atletas que preenchem a totalidade dos cargos técnicos da modalidade no clube. A responsável, que se iniciou aos nove anos na modalidade, viu Andreia Martins e Inês Cunha, atletas treinadas por si, arrebatar o terceiro lugar no nível III desta competição. E o resultado, o melhor alcançado por uma equipa do concelho de Vila Franca de Xira na competição de pares femininos, fê-la sorrir, recordando vitórias passadas, com orgulho no presente.
Ginástica Acrobática enche pavilhão em Vila Franca de Xira

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