Câmara de Vila Franca adianta dinheiro para extensão de saúde de Alhandra
Utentes exigem unidade de saúde acessível a quem tem pouca mobilidade
A futura extensão de saúde de Alhandra vai ser projectada e construída pela autarquia vilafranquense ao abrigo de um contrato programa a celebrar com a Administração Regional de Saúde.
O projecto da extensão de saúde de Alhandra vai arrancar este ano, anunciou a presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha. A autarquia vai pagar e desenvolver o projecto da unidade de saúde, ao abrigo de um protocolo com o Governo. A extensão de saúde irá ficar instalada no Quintal de São Francisco, actualmente propriedade da paróquia de Alhandra, mas apontada há vários anos pelas autoridades de saúde e pela autarquia como a localização mais desejada. Maria da Luz Rosinha confirmou estarem perto do fim negociações para a aquisição do terreno. O equipamento vai ser construído ao abrigo de um contrato-programa com a Administração Regional de Saúde que prevê que a câmara pague o projecto e a construção do edifício seja reembolsada mais tarde. O concurso público para a concepção do projecto deverá ser lançado antes de Outubro. Para os utentes a acessibilidade às pessoas com mobilidade reduzida é uma exigência a cumprir pelo novo equipamento. “Era importante que a nova extensão tivesse elevador porque são muitas as pessoas idosas que precisam de cá vir”, refere Gertrudes Encarnação, utente do actual centro de saúde que aguarda pela consulta junto do marido, Virgílio. Arlete Matos, também utente, quer ver na nova unidade rampas de acesso para pessoas com problemas de mobilidade. “São fundamentais para pessoas com deficiência, mas também para todos os que usam muletas ou que têm dificuldade em subir as escadas”, refere a alhandrense. A utente desconfia no entanto da altura em que é feito o anúncio da unidade de saúde. “Não acreditamos nos políticos. Fazer promessas em ano de eleições, comigo e com grande parte das pessoas, já não resulta”, declara. O presidente da Junta de Freguesia de Alhandra, Jorge Ferreira, classifica o arranque do projecto de construção como uma “óptima notícia”. O autarca espera que o novo espaço tenha “maior capacidade de resposta que o actual”. Para o presidente de junta, “um reforço dos clínicos ou das horas de trabalho de cada um” poderá permitir resolver o problema do tempo de espera por uma consulta de clínica geral.No caso de Gertrudes e Virgílio Encarnação, chegar pela madrugada para marcar uma consulta com vários dias de antecedência é uma rotina. “Temos de vir para cá às seis ou sete da manhã, para marcar para um dia qualquer em que haja vaga”, explicam. Gertrudes vai ser consultada porque conseguiu vaga para o próprio dia. Desta vez, tem a certeza de ser atendida à hora marcada. “Tive de mudar de médico. Antes, a consulta era marcada para as 14h00, mas só era atendida pelas 19h00, quando o médico não telefonava a dizer que não vinha”, relata a idosa.
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