Mercado semanal pode transferir-se definitivamente para o jardim
Bancas saíram temporariamente da zona envolvente da Igreja Matriz devido a obras
Feirantes e consumidores estão satisfeitos com o espaço onde decorre provisoriamente o mercado da Chamusca, o jardim Joaquim Maria Cabeça, vulgarmente chamado Jardim Maria Vaz. O presidente da câmara diz que qualquer solução definitiva será tomada em conjunto com os interessados.
A maior parte dos vendedores está satisfeita com a instalação provisória dos mercados de sábado de manhã no jardim Joaquim Maria Cabeça. Mesmo aqueles que têm razões sentimentais para defender o regresso à zona envolvente à Igreja, confessam que não ficarão muito desgostosos se tal não acontecer. O presidente da câmara, Sérgio Carrinho (CDU), diz que qualquer decisão sobre o assunto terá em conta as diversas opiniões.No espaço ao lado do quartel dos bombeiros, que serve de parque de estacionamento automóvel nos restantes dias da semana, as bancas de venda estão melhor arrumadas e não causam problemas de circulação. Alguns vendedores reconhecem que em dias de casamentos na Igreja a confusão era enorme e que na zona onde o mercado tem funcionado há mais constrangimentos à circulação. Carlos Cruz, de Vale de Cavalos, freguesia da Chamusca, é um dos vendedores mais antigos do mercado semanal. Os pais já ali vendiam e desde criança que ele os acompanhava. Apesar de estar habituado ao antigo local reconhece que o jardim, que na semana da Ascensão serve também para montar um palco onde decorrem várias actividades, “É um espaço indicado para se fazer o mercado”. Numa volta pelo mercado no sábado de manhã, dia 16, o presidente da câmara vai ouvindo as opiniões dos feirantes que vão manifestando o agrado pela mudança. E pelo facto da autarquia os ter isentado do pagamento do terrado por causa da crise. Mesmo os que afectivamente se mantêm mais ligados à zona da igreja, que está a ser requalificada, concordam que o Jardim Joaquim Maria Cabeça, nome de um antigo farmacêutico da vila, tem boas condições. As bancas dispõem-se em dois arruamentos com piso de calçada de granito, que facilita a colocação das estacas. A sombra das árvores que convivem com as tendas, tornam o local mais apetecível nos dias de sol intenso. Os corredores são largos e as pessoas circulam sem atropelos. A vendedora Maria Adelina considera que no jardim está melhor, que além das condições serem melhores para quem trabalha também são melhores para o público. Quem pode ficar mais prejudicado são alguns estabelecimentos à volta da igreja que agora se ressentem da falta de movimento na zona.À saída do espaço também conhecido por Jardim Maria Vaz, inaugurado em 1992, uma munícipe pede a atenção do presidente para lhe agradecer a mudança. “O mercado aqui está muito melhor, mais limpinho, mais arrumadinho” e acaba a conversa dizendo a Sérgio Carrinho que “estava deserta para o encontrar para lhe dar os parabéns”. O mercado semanal, onde se vendem roupas, calçados e até produtos hortícolas, foi transferido devido às obras na envolvente à igreja e à nova biblioteca que consistem na alteração do sistema de distribuição eléctrica, requalificação do Largo Vasco da Gama e da rua Câmara Pestana, entre outros trabalhos.
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