Centro de dia de Alcoentre a funcionar com ajuda de voluntários
Utentes já estão a utilizar o espaço mas a pagar o serviço do seu bolso
O Centro de Dia de Alcoentre já está a funcionar mesmo sem acordo assinado com a segurança social que não considera prioritária a valência. O esforço é dos utentes e de voluntários.
O Centro de Dia de Alcoentre já está a funcionar graças a um forte apoio de vários trabalhadores em regime de voluntariado. Quem o diz é o vice-presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Luís de Sousa, que é também membro da direcção do Centro Social e Paroquial de Alcoentre. “O centro está a funcionar quase por carolice de alguns que estão lá a trabalhar a tempo inteiro mas gratuitamente, em regime de voluntariado”, diz a O MIRANTE. O espaço abriu portas mesmo sem protocolo assinado com a Segurança Social. Os custos são suportados pelo centro paroquial e pelos próprios utentes que pagam os serviços do seu bolso. Dos 21 inscritos apenas 15 estão a frequentar o centro, “porque são os que conseguem suportar as despesas”, refere Luís de Sousa. O responsável diz que as dificuldades são grandes em manter o centro a funcionar e lança farpas ao Governo. “Por vezes vemos o Governo dizer que ajuda as creches e os idosos, mas depois na prática queremos trabalhar e não conseguimos atingir aqueles objectivos porque não temos apoio. Aquele equipamento foi construído a custo zero para o Governo e para a segurança social. E mesmo assim não assinam os acordos necessários”, lamenta o dirigente. O dinheiro que actualmente está a ser investido no centro de dia – construído no âmbito de uma permuta com uma empresa de construção - não será ressarcido no futuro. “Ainda não há resposta da segurança social e não há previsão de que o centro seja ressarcido do dinheiro que tem investido. É dinheiro perdido e quando os acordos forem assinados não vão contemplar retroactivos porque as coisas não funcionam assim”, esclarece Luís de Sousa. Apesar de todas as dificuldades, a direcção está firme na vontade de ter ao serviço da população a estrutura. “Além disso as pessoas da freguesia continuavam a precisar daquele equipamento e estava tudo parado há mais de um ano a aguardar resolução”, critica. Recorde-se que a segurança social, contactada pelo MIRANTE, afirmou não considerar prioritária a valência de Alcoentre. “Por esse motivo não foi sequer inscrita para acordo de centro de dia”, esclareceu o Instituto da Segurança Social numa nota enviada à redacção em Março de 2009. Ainda assim a actual direcção tem esperança de que “em ano de eleições o Governo venha a olhar para os centros de dia e os acordos necessários para Alcoentre venham a ser assinados”. Até lá, cada utente vai financiando o serviço, com os valores pagos a variar consoante o valor individual de cada reforma.
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