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31 anos do jornal o Mirante
Helena Seixas Jorge

Helena Seixas Jorge

44 anos, advogada

Nasceu em Viana do Castelo, por mero acaso, a 8 de Janeiro de 1965 uma vez que a sua família é da Chamusca, vila para onde foi viver com cinco anos. Ribatejana “de alma e coração”, formou-se em Direito na Universidade Católica de Lisboa com 23 anos. Vive e tem escritório aberto em Almeirim há 15 anos, onde trabalha com o marido. Tem um filho de sete anos com quem passa o pouco tempo livre que o exercício da advocacia lhe deixa.

Na minha adolescência devorava romances policiais. Sempre fui boa aluna desde Desporto a Línguas, História, Direito, Medicina ou Engenharia. Até ao 12.º ano estive muito indecisa. A opção por Direito deu-se na altura em que tive que decidir o meu percurso académico e talvez por influência do meu pai. O meu avô também foi advogado. Mas também escolhi Direito porque adorava romances policiais. Gosto da profissão que desempenho.Vim viver para Almeirim em 1994, onde abri escritório. Já estou ligada à advocacia há 21 anos. Licenciei-me, fiz o estágio e cheguei a dar aulas por seis meses no ensino oficial. Não gostei da experiência porque fui colocada numa escola dos arredores de Lisboa muito problemática. Entretanto consegui colocação como chefe de serviço contencioso numa grande empresa em Lisboa até me radicar aqui, onde também tenho familiares.Sou ribatejana de alma e coração. Sou aficionada e sei montar a cavalo. Almeirim é uma cidade com algum desenvolvimento e tem a vantagem de estar próxima de Santarém e Lisboa. Estou próxima de toda a família e de cidades grandes. Gosto do ambiente provinciano. De sair à rua e cumprimentar as pessoas. De ser conhecida e conhecer. Para mim é penoso quando tenho que frequentar serviços públicos em Lisboa. Sou casada com um colega de profissão e de escritório. É fácil separar as águas. No escritório somos colegas, em casa marido e mulher. Eu sou mais explosiva e o meu marido é mais calmo, pelo que nos complementamos bem. Tenho a vida atribulada que todas as mulheres trabalhadoras têm actualmente. Temos que conciliar a profissão com a vida de donas de casas, esposas e de mães. Com a agravante de que muitas vezes, como trabalho por conta própria, não tenho horários, férias ou fins-de-semana. Faço serões quase diariamente. Neste momento, pelo menos ao fim-de-semana, tento estar totalmente disponível para dar atenção ao meu filho e à família. No dia-a-dia saio de casa bastante cedo e regresso bastante tarde. Trabalho com questões determinantes para a vida das pessoas como é o caso do seu património. Somos também um pouco confidentes e acompanhamos a vida das pessoas em vários aspectos. Costumo dizer que ganho cabelos brancos com os problemas dos outros. Fico muito satisfeita quando consigo resolver os assuntos da melhor maneira. Tenho no meu escritório clientes de três gerações. Orgulho-me de manter clientes desde a altura em que abri o meu escritório. Tenho ainda famílias inteiras de clientes, desde o avô ao neto. Sempre que têm problemas sinto que as pessoas confiam em mim uma vez que voltam a aparecer no escritório a pedir aconselhamento. Modéstia à parte, esta fidelização é feita à custa de muito trabalho e honestidade. Não tenho lemas de vida. Tenho condutas de vida que me foram transmitidas pelos meus pais. Seriedade, honestidade, transparência, competência, muita dedicação e trabalho. Há muita regulamentação dispersa. Às vezes não se consegue dar um passo sem se tropeçar numa legislação qualquer. Tenho pouco tempo para hobbies. O tempo livre que tenho gosto de o passar a brincar ou a desenvolver alguma actividade com o meu filho que tem sete anos. Frequento o ginásio uma vez por semana, vou ao cinema sempre que posso e leio três publicações semanais. Se tivesse mais tempo fazia mais viagens por Portugal e lia bastante. Gosto imenso de ler.
Helena Seixas Jorge

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