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Atletas de Azambuja levam badminton da região ao campeonato do mundo sem apoio da Federação

Atletas de Azambuja levam badminton da região ao campeonato do mundo sem apoio da Federação

Júlio Martins e Maria Correia competem na categoria de veteranos
Dois atletas de Azambuja, ambos de 37 anos, são os únicos representantes da região no Campeonato do Mundo de Badminton de Veteranos que este ano se realiza em Punto Umbria, Espanha. Levam na bagagem o espírito ribatejano e as bandeiras de Portugal e Azambuja. As críticas vão para a falta de apoio da Federação Portuguesa de Badminton.Ao fim de poucos minutos o suor corre em bica pela face de Júlio Martins. Parece que está a competir há horas. A barriguinha de Verão ainda não desapareceu mas os ataques fortes vindos do braço direito mostram que o atleta ainda tem muita força na reserva. Ao seu lado, com um volante numa mão e uma raquete na outra, está Maria Correia. Também tem 37 anos e começou a jogar badminton aos 32 anos. É concentrada, ágil e determinada, embora a idade também já não permita erros. Estes dois atletas do Azambuja Badminton Clube (ABC) vão ser os únicos representantes da região no campeonato do mundo de veteranos que se realiza em Punto Umbria, perto de Huelva, em Espanha. A competição só se organiza uma vez por ano e decorre de 26 de Setembro a 3 de Outubro.“O badminton é uma modalidade muito exigente fisicamente, mais ainda que o futebol. Obviamente que com esta idade as coisas são diferentes, já sentimos várias limitações e ao mínimo abuso lá aparecem as lesões”, refere Júlio Martins a O MIRANTE. O atleta recorda uma lesão contraída a alguns meses num ombro, fruto de um ataque mais violento. “Ficamos cansados com mais facilidade e depois de um torneio quando se cai na cama é sempre doloroso”, diz com um sorriso. Para Maria Correia “um bom aquecimento é fundamental” para prevenir lesões. A atleta diz que a experiência de participar numa prova deste tipo é a principal vitória.Os dois atletas chegam ao campeonato do mundo depois de terem sido apurados no ranking nacional da modalidade. A prova vai ter mais de 600 atletas em competição de 60 países. Os atletas da Azambuja têm como objectivo dar o seu melhor e tentar vencer o primeiro jogo, sempre absorvendo a experiência da participação numa prova do mais alto nível. “Os favoritos são os chineses, indonésios, dinamarqueses, franceses e suecos. Infelizmente o primeiro jogo é contra o número um do ranking do torneio, os suecos, que são os cabeças de série número um. É aquele triste fado português...”, lamenta Júlio Martins.Fundado a 14 de Outubro de 2008 o Azambuja Badminton Clube já regista um palmarés de várias vitórias a nível nacional e o apuramento para o campeonato do mundo acaba por ser o seu maior feito desportivo. “O projecto de badminton já nasceu em 2003 na Azambuja, então ligado ao Grupo Desportivo da Azambuja. Mas depois criámos um clube próprio para realçar mais a modalidade”, explicam os dois atletas. “Infelizmente e como modalidade é pequena, a deslocação ao campeonato do mundo acaba por ser toda à conta do jogador. A Federação Portuguesa de Badminton porta-se muito mal com os veteranos, não apoia em rigorosamente nada. É tudo do nosso bolso, através do clube, que teve de se mexer para arranjar patrocínios e concorrer aos subsídios da câmara para conseguir estar presente”, lamenta Júlio Martins. O modo como os torneios nacionais são realizados, “onde somos levados para os piores pavilhões” merece também fortes críticas dos atletas. “É um bocado mau”, remata o nosso interlocutor.Os treinos do ABC decorrem às terças, quartas e sextas-feiras das 18h30 às 20h30 no pavilhão municipal de Azambuja.
Atletas de Azambuja levam badminton da região ao campeonato do mundo sem apoio da Federação

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