uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Portugal tem menor risco de poluição devido a práticas agrícolas na União Europeia

Portugal tem menor risco de poluição devido a práticas agrícolas na União Europeia

No Ribatejo, o risco mais elevado para o meio ambiente é a adopção de culturas “mais exigentes” em factores de produção

Portugal apresenta o menor risco de poluição resultante da pressão da agricultura no ambiente, na União Europeia a 15, mas está abaixo da média europeia na capacidade de resposta no combate a práticas agrícolas poluidoras, informou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O INE disponibilizou sexta-feira, pela primeira vez, informação sobre os principais indicadores agro-ambientais que permitem identificar e avaliar tendências das interacções “mais significativas” entre a agricultura e o meio ambiente. E a análise de vários indicadores leva o INE a concluir que “a pressão da actividade agrícola no ambiente coloca Portugal, no cômputo da UE15, como o Estado membro com menor risco de poluição”. No entanto, “quando se compara a capacidade de resposta dos Estados membros ao combate dos sistemas de poluição e práticas agrícolas mais poluidores para o ambiente, Portugal posiciona-se abaixo da média europeia”.Em Portugal, entre os factores positivos listados pelo INE na prática da actividade agrícola relacionados com o ambiente estão a redução do consumo de fertilizantes minerais, a utilização de água e a crescente adesão dos agricultores a opções mais extensivas.Já o aumento da venda de produtos fitofarmacêuticos, a diminuição dos solos para fins agrícolas e o acréscimo da especialização das explorações são apontados como factores negativos. Os efeitos da actividade agrícola tiveram impacto sobre as paisagens tradicionais, como montado, pomares tradicionais de sequeiro e Douro Vinhateiro “provocando alterações estruturais profundas”, com uma diminuição do número de explorações e da sua dimensão.O INE refere que os factores estruturais e evolutivos da agricultura permitem obter a nível regional o risco mais elevado para o meio ambiente e para a preservação dos recursos naturais. Assim, no Ribatejo e Oeste é apontada a crescente adopção de sistemas de culturas “mais exigentes” em factores de produção. A Beira Interior e a Região Autónoma da Madeira apresentam um maior risco de abandono de terras agrícolas. No Algarve o risco ambiental “mais evidente” é a alteração do uso do solo. E nos Açores a constante perda de diversidade do sistema produtivo, com aumento da especialização.Acerca da atitude da sociedade portuguesa e do comportamento dos mercados, o INE considera que “têm contribuído positivamente para a protecção do ambiente” ao contrário das políticas seguidas que “têm vindo gradualmente” a reduzir os apoios às medidas agro-ambientais, área em que Portugal está abaixo da média europeia.Os apoios do Estado às medidas agro-ambientais registaram uma “redução sistemática” a partir de 2004 e após terem beneficiado cerca de 75 mil produtores nacionais e uma área de 708 mil hectares em 2004/05, em 2007/08 foram 34 mil agricultores a receber este tipo de financiamento para uma superfície de 460 mil hectares.Entre os factores positivos listados pelo INE na prática da actividade agrícola relacionados com o ambiente estão a redução do consumo de fertilizantes minerais, a utilização de água e a crescente adesão dos agricultores a opções mais extensivas.
Portugal tem menor risco de poluição devido a práticas agrícolas na União Europeia

Mais Notícias

    A carregar...