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As mulheres não são solução para tudo

Parabéns a Ana Paula Barão por ser a primeira mulher a dirigir a Sociedade Euterpe Alhandrense nos 148 anos de existência da colectividade mas não se conclua daí que só a solução para dirigir as colectividades está nas mulheres.Eu poderia dizer, por exemplo, que as mulheres chegaram com século e meio de atraso ao associativismo. E que chegaram numa altura em que têm menos tempo porque trabalham. Noutras épocas até teriam mais disponibilidade mas a sociedade não aceitava essa situação e a maior parte das mulheres não conseguiu ultrapassar essa barreira. Só algumas foram capazes.Nesta altura há mais mulheres que homens em Portugal. E não são criados obstáculos à sua participação na vida associativa. É apenas uma questão de disponibilidade e de vontade. O problema maior, na minha opinião, é a forma como continuam organizadas algumas colectividades. Pessoalmente questiono mesmo a manutenção de algumas. Não é o caso desta. A velhice não é um posto quando falamos de associações e colectividades. Elas foram criadas para responder a determinadas necessidades de grupos de pessoas. Isso também aconteceu com a Euterpe Alhandrense. Ao longo do tempo os seus objectivos tiveram que ser alterados. E isso fez com que se fosse adaptando a novas realidades. Agora os seus associados vão ter que ter engenho e arte para descobrir o que pode ser feito para atrair mais pessoas e para as fazer participar. Coisa bem difícil nos tempos actuais. Mas é esse o desafio. Para mulheres e homens. Para pessoas com visão.Carlos Alberto Trigo

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