O presidente da distrital de Santarém do PSD, Vasco Cunha, diz que os críticos que pedem a demissão da direcção do partido deviam “ter juízo” e “aguardar 15 dias” para proferirem esse tipo de declaração. “Por respeito às centenas e centenas de candidatos que se predispuseram a concorrer às autárquicas, quem faz esse tipo de declaração devia ter juízo e aguardar 15 dias”, disse Vasco Cunha, considerando que esta não é a altura para discutir cenários futuros para o partido face aos resultados eleitorais de domingo.Para Vasco Cunha, há uma multiplicidade de factores que podem explicar o facto de o PSD não ter conseguido capitalizar o descontentamento com quatro anos e meio de Governo socialista, admitindo que a campanha não tenha sido “suficientemente clarificadora”. Por outro lado, a “quase simultaneidade das autárquicas obriga as máquinas partidárias a estarem muito oleadas para que funcionem”, disse.Considerando que os debates televisivos ajudaram alguns eleitores a decidir o sentido do seu voto, Vasco Cunha entende que para outros o “dilema” ficou resolvido com a série de “epifenómenos” que marcaram a campanha, como a polémica em volta da formação das listas, a visita da líder à Madeira ou ainda o chamado “caso das escutas”.Vasco Cunha afirmou que se colocou ao lado de Manuela Ferreira Leite na altura da disputa pela liderança do partido porque acreditava que seria a melhor opção de liderança. “Várias coisas aconteceram entretanto”, disse, sublinhando ser “difícil prever o futuro”. “Se voltasse ao momento em que se fez a escolha do que acreditávamos ser a melhor liderança teria feito a mesma opção”, acrescentou.