O executivo municipal de Tomar vai reunir em breve com a direcção do União de Tomar para tentar ajudar o clube a resolver a sua situação de dívida às Finanças. A solução para aliviar a crise financeira do clube, de acordo com proposta do vereador Carlos Carrão (PSD), responsável pelo pelouro do Desporto, pode passar por tentar que o fisco aceite o pagamento da dívida a prestações e levante a penhora que, desde há algum tempo, impede a colectividade de receber qualquer receita ou subsídio camarário. A deliberação foi tomada na última reunião de câmara, depois de estar em cima da mesa uma proposta do grupo “Independentes por Tomar” que assentava na celebração de um contrato-programa entre a autarquia e o clube, documento que não chegou a ser votado. “Não é dar subsídios para pagar dívidas. É estabelecer regras à actividade de uma associação para que estas saibam quais as contrapartidas e obrigações que têm. Esta podia ser uma solução para haver um acordo com o fisco”, apontou Pedro Marques. O vereador independente acabou, no entanto, por aceitar a sugestão do vereador Carlos Carrão, sugerindo no entanto que todos os elementos do executivo camarário participassem na reunião. O vereador socialista José Vitorino sublinhou, por seu turno, que se devia constituir um “dossier” com todas as propostas de solução apresentadas com o intuito de resolver este problema para que seja levado a essa reunião. Luís Ferreira (PS), apesar de ter concordado com a realização desta reunião, frisou que compete ao União de Tomar apresentar um plano de viabilização financeira ao município e não o contrário. “Estas questões não podem ser tratadas com amadorismo. Honestamente, todos nós temos que resolver isto mas não somos nós, executivos, que devemos decidir se o União de Tomar tem ou não viabilidade”, realçou. O vereador Carlos Carrão disse que “em nome dos interesses do concelho” não se pode deixar o clube cair em falência até porque, através do U. Tomar, praticam desporto centenas de crianças e jovens..