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Eleitores da Barrosa punem CDU e PSD e dão maioria absoluta ao PS

População não gostou de ter que votar uma segunda vez para a assembleia de freguesia
A CDU e o PSD foram os grandes derrotados das eleições intercalares da freguesia da Barrosa, concelho de Benavente, realizadas no dia 18 de Abril. Os eleitores deram maioria absoluta a Fátima Machacaz, do Partido Socialista.A população da Barrosa, freguesia do concelho de Benavente, que voltou a ser chamada às urnas no domingo para as eleições intercalares, preferiu desta vez dar maioria absoluta à candidata do PS, Fátima Machacaz, que já tinha ganho as eleições em Outubro, punindo assim as duas forças políticas (CDU e PSD) que recusaram as várias propostas apresentadas pela autarca para formar o executivo da junta de freguesia.Fátima Machacaz venceu as eleições intercalares com 64,1 por cento dos votos (257), elegendo cinco elementos. A CDU, que geriu a freguesia durante 20 anos, obteve 26,3 por centro dos votos e elegeu dois mandatos (106 votos). O PSD registou a preferência de 37 eleitores. O partido registou grande perda de votos perdeu face às últimas eleições (47), seguido da CDU que perdeu 43 votos. Ao todo estavam inscritos 622 eleitores, dos quais votaram 403. A abstenção atingiu os 35,3%.“É um sinal de confiança da população, a quem agradeço por este resultado. Irei estar ao lado de todos e tudo o que precisarem podem contactar-me que estarei sempre disponível. Eu ganhei sem maioria absoluta em Outubro mas apercebi-me que a maioria das pessoas queriam dar a vitória ao PS. As outras forças não quiseram aceitar as propostas do Partido Socialista e vemos que agora foi pior para eles, a julgar pelos resultados que tiveram”, afirmou Fátima Machacaz a O MIRANTE.A nova presidente tem pela frente uma série de obras urgentes que, devido ao arrastar do processo eleitoral, ainda não puderam ser resolvidas, como a questão das infiltrações de água no cemitério da freguesia, assunto que o nosso jornal noticiou em Novembro de 2009. “Não estão esquecidas e agora temos condições para começar já a trabalhar na sua resolução”, garantiu a nossa interlocutora.Para Joaquim Castanheira, da CDU, os resultados ficaram muito abaixo das expectativas. “Acreditámos no nosso projecto e tudo fizemos para que as pessoas voltassem a acreditar em nós. A má informação prestada pelo PS, que fez malabarismos com tudo o que se passou nas assembleias, levou as pessoas a pensar de forma diferente ao que se passou na realidade. Sempre respeitámos a vontade popular. Eles manipularam essa informação e as pessoas beberam essas palavras como se fosse verdade e penalizaram a CDU pelo que não aconteceu”, lamentou Joaquim Castanheira.Do lado do partido menos votado, o PSD, a desilusão era evidente. “Foi um resultado muito abaixo do que estávamos à espera. Sempre quis acreditar que em autárquicas o que conta são as pessoas e não as forças políticas. Achei que, por todo o meu percurso de entrega e dedicação a esta aldeia, que um dia isso tivesse peso na decisão dos eleitores. Enganei-me redondamente. As pessoas da Barrosa estão viradas para votar nos partidos em detrimento do currículo cívico dos cabeças de lista”, lamentou Mário Rosa a O MIRANTE.Em Outubro Fátima Machacaz (PS) venceu as eleições mas sem maioria. As outras forças políticas, CDU e PSD, chumbaram as sucessivas propostas apresentadas pela autarca socialista para formação do executivo da Junta de Freguesia. O assunto levou à convocação de eleições intercalares.Voltar às urnas foi uma “palhaçada” para os habitantes da BarrosaA maioria dos eleitores da Barrosa não gostou de ser chamado a votar pela segunda vez. Muitos defendem que tudo não passou de “politiquices” que, em alguns casos, acabaram por ser prejudiciais para os funcionários da Junta de Freguesia, que ficaram sem receber os seus ordenados até que fosse instalada uma Comissão Administrativa. Ana Rodrigues e Vicência Firmino, moradoras da Barrosa, consideram que todo o processo poderia ter sido evitado. “É uma parvoíce porque isto podia ter ficado tudo resolvido à primeira. Eles deviam ter-se entendido logo e não era preciso nada disto”, criticam. Também António Pavia, morador, não gostou de todo o processo. “Fui votar mas acho tudo isto uma palhaçada. Acho que as pessoas deviam ter bom senso e saber perder. Tinha-se evitado uma série de problemas e incómodos até porque estão muitos problemas por resolver na Barrosa”, refere a O MIRANTE. Outro residente, Manuel Fernando, diz que é “triste, numa aldeia tão pequena, as pessoas não se entenderem umas às outras e obrigarem toda a gente a ir votar outra vez”, remata.

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