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Pais queixam-se de preços das entradas na ExpoCriança

Pais queixam-se de preços das entradas na ExpoCriança

Alguns dos progenitores revelaram-se contra cobrança de bilhetes a crianças

Cinco euros para entrar na ExpoCriança foi quanto o CNEMA cobrou no sábado a visitantes entre os 3 e os 12 anos. Uma exorbitância, consideram alguns pais. Até porque para se assistir ao concerto das Just Girls, que se realizou dentro do recinto de exposições, tinha de se desembolsar mais 15 euros por cabeça.Ricardo Carreira

Os pais de crianças que entre 15 e 18 de Abril foram visitar a ExpoCriança, no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, não ficaram muito satisfeitos com os preços de entradas cobrados a crianças com idades a partir dos três anos, inclusive. No domingo, último dia do certame, os pais contactados por O MIRANTE foram unânimes em considerar que os preços praticados eram elevados ou não faziam sentido numa organização dedicada aos mais pequenos.Em matéria de entradas individuais, as crianças dos três aos 14 anos tiveram de pagar 2,5 euros dias 15 e 16. A partir dos 15 anos cada jovem pagou o mesmo que um adulto, cinco euros. Só as crianças até dois anos de idade tiveram direito a entrada gratuita.No sábado, dia 17, os preços deram o salto. As crianças entre os três e os 11 anos passaram a pagar cinco euros por entrada, enquanto os maiores de 12 anos já tiveram de pagar sete euros, o mesmo que os adultos, para entrar no recinto. Quem foi ao concerto das Just Girls nesse sábado teve de desembolsar mais 15 euros, a partir dos três anos, ou 20 euros (bancada). No domingo, com o concerto dos New Kids e Ídolos, na nave A, repetiu-se a dose de preços, mas as entradas no certame baixaram para cinco euros para quase todos.Sérgio e Carla Nunes acabavam de sair da ExpoCriança após quase duas horas de visita com os dois filhos maiores de três anos. “Estes preços são uma exorbitância. As crianças deviam pagar um preço simbólico ou não pagar nada. E deviam apenas cobrar entradas aos adultos”, defendia o casal.Na nave B, onde estiveram montados os equipamentos para diversão das crianças, Fernando Queijeiro, com dois filhos, um dos quais com cinco anos, corrobora. “Paguei 15 euros em entradas mas penso que isso só se justifica em relação aos adultos.Com estes preços para crianças é complicado trazer um grupo de amigos do meu filho ou até para quem quiser comemorar uma festa de anos na ExpoCriança”, opinava.Acompanhado da mulher e dois filhos, Joel Santos, de Vila Chã de Ourique, diz que uma visita chega e sobra. Alguns minutos depois de chegar, a família pensa já em sair. “Não acho bem que sendo esta uma festa para as crianças elas tenham de pagar bilhetes com estes preços. O meu filho de cinco anos esteve apenas a brincar nos insufláveis”, dizia a O MIRANTE, acrescentando que faltaram mais actividades para a miudagem.De facto, a nave B esteve bastante folgada na tarde domingo, dia em que seria de esperar a visita das famílias. O espaço contou com expositores com palhaços, pinturas faciais, contadores de histórias, além de vendas de livros e outros produtos e serviços para crianças. Para os mais mexidos houve área para jogos tradicionais, futebol, râguebi, gincanas e insufláveis, além de representações da GNR e PSP que se puderam visitar. De mais longe viajaram Filipe Carvalho Balsa, a mulher e os filhos de três, dois e um ano. Pela segunda vez a família de Arruda dos Vinhos visitou a Expo Criança. “O espaço está mais agradável mas há menos locais para as crianças brincarem. Penso também que se podia ter cobrado entrada para crianças a partir de uma idade mais elevada”, disse Filipe Balsa. Um expositor que está desde a primeira edição na Expo-Criança disse a O MIRANTE que o fim-de-semana foi fraco em matéria de visitas de famílias. “Com entradas de sete euros no sábado, notou-se muito a quebra, mas também este domingo”, afirmou, sem se querer identificar.O MIRANTE contactou, via-email, a administração do CNEMA para saber que critérios foram adoptados na determinação do preço das entradas mas não obteve resposta até ao fecho desta edição.
Pais queixam-se de preços das entradas na ExpoCriança

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